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Virou série da Netflix: Em 2019, caso Emanuela Orlandi pareceu solucionado
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Virou série da Netflix: Em 2019, caso Emanuela Orlandi pareceu solucionado

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Aventuras Na História
29/10/2022 09h00
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©Reprodução/Netflix
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A Netflix já deixou de ser uma simples plataforma de streaming de séries e filmes há anos, sendo também uma das maiores produtoras de obras audiovisuais da atualidade. Isso pode ser percebido não só pela quantidade de produções feitas pela empresa, mas também pela sua expressividade, visto que muitas vezes elas chamam grande atenção nas mídias e são amplamente comentadas.

Uns dos modelos de produções mais repetido pela plataforma, por sua vez, são os documentários e obras true-crime — que retratam acontecimentos inspirados em casos reais, muitas vezes envolvendo um assassino em série ou desaparecimentos sem conclusão. Visto isso, conheça a seguir o caso do desaparecimento de Emanuela Orlandi, que originou a minissérie 'A Garota Desaparecida do Vaticano'.

Desaparecimento

No dia 22 de junho de 1983, a jovem Emanuela Orlandi, de apenas 15 anos, saiu de sua casa para ter uma aula de flauta, o que já fazia parte de sua rotina. Porém, foi vista pela última vez, nesse dia, em um ponto de ônibus, no centro de Roma, enquanto voltava para casa.

Como procedimento padrão em casos semelhantes de desaparecimento, uma longa busca foi iniciada, pensando em resgatar a jovem, caso estivesse presa em algum lugar, ou mesmo localizar seu corpo.

No entanto, o corpo nunca foi encontrado em todas as últimas quase quatro décadas, e com isso várias especulações correm desde então, desde sequestro e assassinato até alguma polêmica envolvendo o Vaticano — o pai da jovem era funcionário da cidade-Estado.

Trecho de série da Netflix sobre o caso do desaparecimento de Emanuela Orlandi
Trecho de série da Netflix sobre o caso do desaparecimento de Emanuela Orlandi / Crédito: Reprodução/Netflix

Com o tempo, porém, o que restou às autoridades envolvidas no caso foi acreditar que Emanuela Orlandi já estava morta, com o passar de anos do caso. "Muitas pessoas me disseram: esqueça, aproveite a sua vida e não pense mais nisso", disse Pietro, o irmão mais velho da jovem, à BBC.

Mas eu não posso. Eu não posso ficar em paz até que isso seja resolvido."

O cemitério

As buscas sobre o desaparecimento de Emanuela Orlandi, porém, infelizmente, jamais avançaram significativamente, de forma que a polícia e a família nunca nem mesmo chegaram perto de descobrir os possíveis sequestradores ou assassinos, ou sequer o que aconteceu de fato com a jovem. Isso até 2019, quando algo que parecia uma pista surgiu.

Em março daquele ano, como informado pelo G1, a família Orlandi recebeu uma carta anônima. Nela, era possível ver a foto de um anjo em um túmulo no cemitério Teutônico do Vaticano, o que a família julgou que poderia se tratar de uma pista sobre a jovem desaparecida.

Com isso, a família passou a querer investigar o local, e pretendia pedir até mesmo ajuda do Vaticano nas buscas. Porém, não tiveram sorte com a solicitação. "Para eles, o caso estava encerrado", conta Pietro Orlandi.

Com o papa Francisco, o muro ficou mais alto. Eu o conheci poucos dias depois de ele ser eleito [em 2013] e ele me disse: 'Emanuela está no céu'. Eu pensei: 'Bem, o papa Francisco sabe de alguma coisa'. Então eu preenchi todos os tipos de pedidos para encontrá-lo novamente, para obter uma explicação. Mas ele nunca mais quis me ver novamente."
Pietro Orlandi, irmão de Emanuela Orlandi, em vídeo recente falando sobre o caso
Pietro Orlandi, irmão de Emanuela Orlandi, em vídeo recente falando sobre o caso / Crédito: Reprodução/Vídeo/YouTube

A família teve então que fazer uma petição geral ao Vaticano para que pudessem abrir o túmulo visto na fotografia recebida em carta, no cemitério Teutônico, até que um tribunal estatal da Cidade do Vaticano aceitou a petição. E aí que outro mistério surgiu.

Corpos desaparecidos

No dia 11 de julho de 2019, uma quinta-feira, a polícia italiana exumou os dois túmulos do cemitério Teutônico que aparecem na foto recebida, que pertenciam a duas princesas alemãs do século 19. Porém, o que encontraram quando abriram os leitos também os surpreendeu.

As sepulturas pertenciam a duas nobres alemãs, a princesa Sophia von Hohenlohe, que morreu em 1836, e a princesa Carlota Federica, de Mecklenburg, que morreu em 1840. Porém, ambos os túmulos se encontravam vazios, sem nem mesmo os restos mortais das duas mulheres.

Até hoje, quase quarenta anos após o desaparecimento de Emanuela Orlandi, o caso segue sem uma conclusão, e nem mesmo o corpo da adolescente foi identificado.

Éramos muito próximos. A gente amava música. Ela estava tentando me ensinar uma peça de Chopin. A gente só tinha visto duas páginas quando ela desapareceu. Espero que um dia ela volte para me ensinar o resto", lembra Pietro Orlandi.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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