Câmeras filmam homem jogando soda cáustica em água de bebedouro de empresa

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Um caso de envenenamento no ambiente de trabalho chocou a cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Câmeras de segurança flagraram um funcionário de uma empresa contaminando a água de um bebedouro com uma substância posteriormente identificada como soda cáustica. De acordo com a Polícia Civil, dois colegas do suspeito, um homem de 31 anos, passaram mal e precisaram de atendimento médico. O acusado foi preso em flagrante, e a justiça converteu sua prisão para preventiva. A identidade do homem não foi divulgada.
As vítimas relataram a sensação insuportável ao ingerirem a água contaminada. Segundo o delegado Marco Guns, "as duas vítimas ouvidas referem a mesma coisa: é absolutamente insuportável a ingesta desta água contaminada, nós hoje sabemos, com a soda cáustica. Ela passa queimando desde o lábio, a língua e todo sistema digestório da pessoa". As imagens, divulgadas pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (27), mostram o suspeito abrindo a parte superior do bebedouro, despejando um líquido de uma caneca e saindo do local logo em seguida.
Um dos funcionários que ingeriu a substância precisou ser encaminhado ao hospital, onde foi submetido a uma lavagem estomacal. Apesar do susto, a empresa informou que "conforme boletim médico, os funcionários passam bem". A organização ainda ressaltou que está colaborando com as investigações e que, assim que percebeu a gravidade do ocorrido, acionou imediatamente as autoridades. "A empresa informa que, ao tomar conhecimento de que dois funcionários apresentaram mal-estar após beberem água, iniciou as apurações internas e ao se deparar com indícios de crime, imediatamente comunicou à 1ª Delegacia de Polícia e está colaborando com as apurações", afirmou em nota oficial.
Em seu depoimento à polícia, o suspeito alegou que não tinha intenção de causar danos aos colegas. Ele afirmou que pretendia apenas "pregar uma peça" e que acreditava que o conteúdo despejado no bebedouro era sabão em pó. No entanto, a Polícia Civil contesta essa versão, afirmando que, com base em análises preliminares e na reação das vítimas, foi confirmado que a substância era, de fato, soda cáustica, um produto químico altamente corrosivo e perigoso para a ingestão.
As autoridades seguem investigando o caso para entender as reais intenções do suspeito e se houve premeditação no ato.
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