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Cunhada de Marcola, investigada por lavagem de dinheiro, deixa prisão após quase 500 dias
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Cunhada de Marcola, investigada por lavagem de dinheiro, deixa prisão após quase 500 dias

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Contigo!
12/09/2025 22h02
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Francisca Alves da Silva, cunhada de Marcos Willians Herbas Camacho — mais conhecido como “Marcola“, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) —, foi liberta após passar quase 500 dias presa. A decisão, proferida pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará, permitiu que ela e outros quatro réus deixassem a prisão após mais de um ano de reclusão preventiva enquanto respondiam a acusações ligadas a lavagem de dinheiro para a facção criminosa.

Francisca é casada com Alejandro Juvenal Herbas Camacho Junior, o “Marcolinha”, irmão de Marcola, também apontado como uma das lideranças do PCC. Ela foi presa em abril de 2024, durante a Operação Primma Migratio, que teve como alvo uma complexa rede financeira supostamente voltada a movimentar e disfarçar os lucros obtidos por meio de atividades ilícitas da organização criminosa.

A investigação da Polícia Federal, realizada em conjunto com as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) de São Paulo e Santa Catarina, utilizou recursos como interceptações telefônicas, análise de movimentações bancárias e diligências com material extraído de celulares e computadores. Segundo os investigadores, Francisca teria papel ativo no esquema de lavagem de capitais, sendo responsável por operações que envolviam empresas de fachada e movimentações bancárias suspeitas, utilizadas para mascarar a origem criminosa dos recursos.

Na mesma decisão judicial, também foram postos em liberdade outros investigados: Ricardo Andrade Ferreira, Edglei da Silva Lima, Henrique Abraão Gonçalves da Silva e Menesclau de Araújo Souza Júnior. Todos haviam sido presos na mesma época que Francisca, em abril de 2024, como parte da ofensiva das autoridades contra a suposta estrutura financeira do PCC.

As autoridades alegam que a rede funcionava em diversos estados, utilizando nomes de laranjas, contas bancárias em diferentes instituições financeiras e empresas fantasmas para movimentar grandes quantias de dinheiro oriundo de crimes como tráfico de drogas e extorsão. O grupo teria atuado por anos nesse esquema até ser desarticulado pela operação da PF.

A decisão judicial que concedeu a liberdade provisória não significa que os acusados foram absolvidos das acusações. Eles continuam respondendo ao processo em liberdade, sob condições determinadas pela Justiça, como possível uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o estado ou o país, além da obrigação de se apresentar regularmente à Justiça.

A Operação Primma Migratio representou um desdobramento importante no combate às estruturas financeiras do PCC, organização que, segundo as autoridades, tem buscado expandir sua atuação além dos presídios e das fronteiras brasileiras. O nome da operação, que em latim significa “primeira migração”, faz alusão ao suposto esforço da facção de transferir recursos e operações para outros estados e países, numa tentativa de dificultar o rastreamento por parte das forças de segurança.

Com a soltura dos acusados, os desdobramentos do caso ainda serão acompanhados de perto pela Justiça e pelos investigadores, que pretendem aprofundar o mapeamento do que chamam de “núcleo financeiro” da facção criminosa.

Veja quem é Francisca Alves da Silva:

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👮‍♂️ Justiça manda soltar cunhada de ‘Marcola’, acusada de lavar dinheiro do PCC no Cearáhttps://t.co/oTO9fEuMk3

— Diário do Nordeste (@diarioonline) September 12, 2025

 

 

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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