Gleisi quebra o silêncio sobre assassinato de ex-deputado do PT por ataque do próprio filho
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A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), expressou nesta quinta-feira, 06, seu pesar pela morte do ex-deputado estadual e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, Paulo Frateschi. Aos 75 anos, Frateschi foi esfaqueado pelo próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, na zona oeste da capital paulista.
“Profundamente triste com a perda do companheiro Paulo Frateschi. Que Deus dê forças à família e aos muitos amigos e amigas que ele fez, ao longo de uma vida de coragem política, solidariedade e generosidade”, escreveu a ministra em suas redes sociais, destacando o impacto político e humano que Frateschi teve ao longo de décadas de atuação.
Segundo informações da Polícia Militar, o incidente ocorreu na Vila Ipojuca, quando equipes foram acionadas para atender a uma ocorrência envolvendo um homem em surto que agrediu o próprio pai com golpes de arma branca. Francisco atingiu o abdômen de Paulo, que entrou em parada cardiorrespiratória. Apesar da rápida intervenção do resgate e do encaminhamento ao Hospital das Clínicas, o ex-deputado não resistiu aos ferimentos.
A mãe de Francisco, Yolanda Vianna, e a irmã, Luisa, tentaram intervir no ataque, sofrendo ferimentos leves. Ambas passam bem e permanecem sob acompanhamento médico. Pessoas próximas à família relataram que Paulo residia em Paraty (RJ) com Yolanda e o filho do casal, mas a viagem a São Paulo se deu para que Francisco recebesse atendimento psiquiátrico. Ele estava sob efeito de medicação desde a sexta-feira anterior, 31, segundo familiares.
Francisco, que trabalha como oceanógrafo, foi contido pela polícia e “conduzido para providências legais”. Ele permanece sedado na UPA Lapa, onde recebe atendimento médico, e será transferido para o 91º Distrito Policial (Ceagesp) assim que for possível, onde o caso será investigado formalmente. Autoridades ainda avaliam o estado mental do acusado no momento do crime, e especialistas apontam a importância de acompanhamento psiquiátrico contínuo em casos semelhantes.
Paulo Frateschi teve trajetória política marcante. Foi deputado estadual em São Paulo entre 1983 e 1987 e também presidiu o PT no estado. Durante sua carreira, destacou-se por defender pautas sociais e políticas de inclusão, além de manter uma atuação sólida em prol do fortalecimento do partido. Amigos e colegas lembram dele como uma pessoa generosa, engajada e sempre disposta a apoiar causas coletivas, o que reforça o impacto da perda para o cenário político local e para a comunidade que ele ajudou a construir ao longo dos anos.
O PT também manifestou pesar oficialmente pela morte de Frateschi, reforçando o legado de dedicação e comprometimento do ex-deputado com a vida política e social. Para muitos, a tragédia evidencia a necessidade de atenção às questões de saúde mental e aos cuidados familiares, principalmente quando envolvem situações de risco.
O caso segue sob investigação, e a polícia analisa todos os aspectos do ataque para compreender melhor o contexto que levou à tragédia, enquanto familiares e amigos se organizam para prestar apoio mútuo neste momento de dor.
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