Mulher é internada em estado grave na UTI após escova progressiva

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Chocante! A consultora Adrielly Silva, de 32 anos, precisou ser internada na UTI após realizar uma escova progressiva. O caso ocorreu em um salão de beleza na cidade de Fortaleza, onde a mulher teve uma reação aos produtos químicos utilizados em seu cabelo. Por isso, ficou sete dias em estado grave e realizou três sessões de hemodiálise, até ter alta na segunda-feira (21).
O que aconteceu?
Em entrevista à Globo, Adrielly explicou que resolveu alisar o cabelo após 8 anos sem realizar o procedimento. Durante a progressiva, começou a sentir uma queimação no couro cabeludo, náuseas, tonturas e vômitos, mas acreditou que o mal-estar era relacionado a algum alimento que ingeriu no dia.
Já em casa, a mulher sentiu fortes dores nas costas e tomou um anti-inflamatório. “Nunca imaginei que seriam meus rins parando. Eu imaginei que seria minha coluna por ter passado tanto tempo sentada”, refletiu.
Dias após o ocorrido, viajou a trabalho para São Paulo. Foi neste momento que as dores nas costas aumentaram e Adrielly precisou adiantar seu retorno à Fortaleza para ir ao hospital. “Meu esposo até cogitou me trazer para casa para descansar, porque podia ser a coluna. Mas a médica disse que, graças a Deus, não fizemos isso. Senão, eu teria morrido dormindo com uma parada cardíaca”, lembrou.
Qual foi o diagnóstico?
Segundo Adrielly, após diversos exames, foi constatada uma insuficiência renal grave. A consultora ficou 7 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi submetida a três sessões de hemodiálise. Seu médico afirmou que o diagnóstico ocorreu devido ao procedimento de escova progressiva. Agora de alta, a mulher terá acompanhamento médico até que os rins voltem à sua normalidade. “Foi um susto grande”, pontuou.
O que causou a insuficiência?
Como explicado no laudo da paciente, a possível causa da intoxicação nos rins foi uma substância chamada ácido glioxílico, frequentemente utilizada em procedimentos capilares após a proibição do formol pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
À reportagem, o urologista Bruno Castelo confirmou que o ácido não é regulamentado pela agência. “Nós temos a impressão de que, por ele ser um alisante sem formol, é seguro, o que não é verdade. Pode gerar essas complicações no trato urinário, levando até a insuficiência renal com necessidade de fazer hemodiálise”, ressaltou.
“Não é uma alergia, não é que o corpo teve uma reação específica a esse produto. Na realidade, foi um efeito adverso. Como teve uma lesão no couro cabeludo, o ácido foi absorvido e gerou essas consequências. Qualquer pessoa pode ter”, alertou o especialista.
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