Relato de perita em podcast faz caso de assassinato ser anulado pelo STJ
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Um relato dado por uma perita criminal no podcast Inteligência Ltda. fez o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular uma confissão dada por uma mulher acusada de matar o marido. O caso aconteceu dois anos depois da publicação da entrevista da profissional no programa do Youtube.
Na época, fotógrafa técnico-pericial Telma Rocha e o perito criminal Leandro Lopes foram convidados ao podcast para falar sobre sua profissão e acabaram relembrando o caso envolvendo Adriana Pereira Siqueira, presa em flagrante, em 2018, por assassinar o próprio marido com facadas e atear o corpo, por conta de uma suposta traição.
Ainda na cena do crime, Adriana assumiu a responsabilidade e acabou sendo presa. No entanto, em 2019 ela recebeu liberdade provisória em 2019. Agora, ela aguarda o júri popular, que tem data prevista para 30 de janeiro de 2025.
Mas apesar da confissão, o caso ganhou novos contornos após o vídeo da entrevista da perita criminal viralizar nas redes sociais dois anos depois. Na ocasião, a profissional revelou que "deu uma forçadinha" para que a acusada revelasse aos policiais sobre a autoria do homicídio.
Com a repercussão do podcast, a defesa de Adriana solicitou a anulação do processo por violação de "direito do silêncio", mas a Justiça não acatou o pedido. No entanto, a juíza da 5ª turma do STJ acatou em parte o instrumento processual.
“É possível ver e ouvir o relato da Sra. Telma, que detalha como convenceu a paciente a confessar o crime, sem informar de seu direito ao silêncio, bem como a busca e apreensão realizada na casa da paciente logo após a conversa”, apontou a ministra Daniela Teixeira.
Em sua decisão, a juiza ainda criticou a conduta dos peritos. “Extremamente censurável por expor um caso que não foi julgado nos meios de comunicação, utilizando palavreado inadequado, em ambiente com bebida alcoólica e violando o dever de impessoalidade que se exige dos servidores públicos”.
Diante dos últimos acontecimentos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil abriu um procedimento administrativo para investigar os agentes. O caso tramita sob sigilo.
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