Reviravolta no caso Anic: Investigação suspeita de relação com sequestrador
Contigo!
O desaparecimento de Anic de Almeida Peixoto Herdy (54) acaba de ganhar novos desdobramentos. Segundo um relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a advogada era amante de Lourival Correa Netto Fadiga, principal suspeito e preso pelo seu sequestro.
A denúncia apresentada pelo MPRJ à 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis destaca que Lourival usou o romance secreto para atrair Anic a um encontro no último dia 29 de fevereiro, quando ela foi vista pela última vez. O documento diz que "ele a sequestrou e passou a exigir do marido o preço do resgate".
Câmeras de segurança registraram o carro de Lourival circulando pela região em que Anic foi vista pela última vez. O suspeito teria outras amantes, uma delas, inclusive, teria participação direta no sumiço do da advogada.
O advogado da família de Anic nega que ela e Lourival se relacionavam amorosamente. Em justificativa, ele diz que a cliente é uma mãe amorosa e que sempre estava ao lado dos filhos. Neste momento, a polícia duas linhas de investigação: Anic teria sido assassinada, já que está desaparecida há mais de 80 dias, ou ela estaria mesmo desaparecida. Um Inquérito foi aberto no 105º DP de Petrópolis para apurar o sumiço da vítima.
O caso Anic
A advogada desapareceu no último dia 29 de fevereiro e foi vista pela última vez no estacionamento de um shopping em Petrópolis (RJ). Desde então, o marido dela, Benjamin Cordeiro Herdy, um herdeiro de um grupo que administra várias faculdades no Rio, passou a receber ligações do sequestrador.
Os suspeitos exigiram R$ 4,6 milhões pelo resgate de Anic. Lourival, amigo da família há três anos, se passava por um policial e tinha confiança de todos. Ele, então, se colocou à disposição para ajudar nas negociações com o sequestrador.
O marido da advogada pagou o valor exigido. Segundo a investigação, Lourival teria ficado responsável por levar o dinheiro aos criminosos em uma comunidade da Zona Oeste da Capital. Ele deixaria o dinheiro dentro de uma lixeira indicada nas conversas com o suspeito.
No entanto, Fadiga teria embolsado o dinheiro, A polícia descobriu que no mesmo dia do pagamento do resgate ele esteve em uma concessionária na Barra da Tijuca e comprou uma caminhonete avaliada e R$ 500 mil. Ele também comprou uma moto avaliada em R$ 30 mil e 950 celulares para um empreendimento da família dele.