Após reviravolta, vizinha acusada de envenenar crianças com caju é liberada da prisão

Lucélia Maria, a mulher acusada de matar dois meninos envenenados em Parnaíba (PI) em agosto de 2024, foi libertada da prisão após passar cinco meses detida. O caso teve uma reviravolta com um laudo afastando a possibilidade de ela ter sido responsável pelas mortes, levando a uma nova suspeita sobre o padrasto da mãe das crianças. Lucélia não foi inocentada e ainda terá que responder ao processo, mas seu advogado busca sua inocência no caso.

A mulher foi presa em flagrante no dia em que os meninos foram hospitalizados em agosto de 2024. No entanto, uma perícia realizada recentemente descartou que os cajus estivessem envenenados, contrariando a acusação anterior. Em entrevista à 'TV Clube', Lucélia afirmou que não conhecia a família das vítimas e que nunca entregou frutas envenenadas para as crianças.

Com a liberdade provisória, Lucélia, que teve sua casa incendiada durante uma represália, expressou alívio ao deixar a penitenciária, onde foi alvo de ameaças. Seu advogado destacou que a libertação ocorreu após a reviravolta no caso, que agora aponta o padrasto das crianças como principal suspeito pelos envenenamentos, inclusive de outros membros da família.

A investigação foi reaberta e as suspeitas recaem sobre Francisco de Assis Pereira da Costa, o padrasto, que foi preso como principal suspeito por envenenar 9 pessoas da família em um almoço no início deste ano, 4 morreram. Com a situação em constante evolução, Lucélia retornou a Parnaíba, onde vive com sua família, e permanecerá sob abrigo de parentes. A audiência de instrução e julgamento do caso está marcada para 23 de janeiro.