Campanha de Trump nega ter enviado carta a Marçal

A campanha do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, refutou as declarações do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), sobre o envio de uma carta pelo político norte-americano ao ex-coach. Marçal afirmou, antes de sua participação no debate do Flow nesta segunda (23), que havia recebido a correspondência de Trump, expressando solidariedade após a agressão que sofreu do também candidato José Luiz Datena (PSDB) durante o debate eleitoral da TV Cultura no domingo, dia 15. No entanto, o desmentido surgiu por meio do porta-voz do ex-presidente, Jason Miller, que destacou: "O presidente Trump não enviou nenhuma carta do tipo".

Pablo Marçal afirmou nesta segunda: "Recebi uma carta do Trump falando que lamenta muito o ocorrido. O Trump que é um cara que sofreu também um atentado agora. Cada um na sua escala: o presidente dos Estados Unidos é bala de fuzil, o Bolsonaro é faca, e a Prefeitura de São Paulo, que é mais baixo um pouquinho, é cadeirada", disse, relembrando a agressão de Datena. Perguntado se teria respondido à suposta carta de Trump, o ex-coach confirmou: "Já. A resposta foi: ‘Muito obrigado pela preocupação. E a gente vai mudar o mundo. Você do lado aí dos Estados Unidos, e a gente, no Brasil, através de São Paulo'". Além disso, o candidato afirmou que estava tentando viabilizar um encontro pessoal com Donald Trump nos Estados Unidos.

A comparação feita por Marçal gerou repercussão negativa entre os apoiadores de Bolsonaro, que consideraram a analogia desproporcional e uma estratégia para alavancar a candidatura do ex-coach. A polêmica teve origem quando Pablo Marçal comparou a cadeirada que recebeu de José Luiz Datena com os ataques que Bolsonaro e Trump enfrentaram. Marçal tentou utilizar a situação para angariar apoio e fazer uma analogia entre os diferentes tipos de violência sofridos pelos líderes.

O episódio da cadeirada já havia provocado outra polêmica. Logo após o ocorrido, Marçal divulgou um vídeo nas redes sociais em que aparecia usando uma máscara de oxigênio na ambulância, a caminho do hospital. Depois, ele admitiu que a sua equipe de campanha foi responsável por "fazer uma cena" no caso.

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