Carla Zambelli renuncia ao cargo de deputada federal
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A deputada federal Carla Zambelli, representante do Partido Liberal por São Paulo, entregou sua renúncia ao cargo à Câmara dos Deputados neste domingo (14). A Casa divulgou a informação por meio da assessoria da presidência, confirmando que o suplente do PL-SP que obteve mais votos, Adilson Barroso, assumirá a posição deixada por Zambelli. A renúncia é vista como uma estratégia conjunta da defesa para evitar a cassação da deputada, cujas condenações já a tornaram inelegível.
Na quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados rejeitou, por 227 votos a favor, 170 contrários e 10 abstenções, o processo de cassação do mandato de Carla Zambelli. Porém, na sexta-feira (12), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma unânime, confirmar a sentença que decretava a perda automática do mandato da deputada. Mesmo assim, a formalização da decisão não foi enviada à Câmara, possibilitando que Zambelli pedisse a renúncia.
A condenação criminal de Carla Zambelli por ter comandado uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) resultou em uma sentença de 10 anos de prisão em junho, sem possibilidade de recurso. A deputada também foi sentenciada a 5 anos e 3 meses de prisão pela perseguição armada a um apoiador do presidente Lula durante as eleições presidenciais de 2022. A decisão unânime da Primeira Turma do STF de que a perda do mandato ocorresse automaticamente foi contrariada pela Câmara dos Deputados ao rejeitar a cassação da parlamentar.
Por fim, embora o pedido de renúncia de Zambelli não afete suas condenações, a defesa alega que a atitude contribui para reduzir a tensão institucional no país. A deputada, que chegou a ser considerada fugitiva e procurada pela Interpol, foi presa nos arredores de Roma após fugir para a Itália. O governo brasileiro solicitou sua extradição, que ainda aguarda análise pela justiça italiana.