Caso dos transplante com HIV: Investigações entram em segunda fase
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou a segunda fase da Operação Verum neste domingo (20), com o cumprimento de ordens de prisão e busca e apreensão relacionadas a um caso de infecções por HIV em transplantes de órgãos contaminados. A ação resultou na detenção de uma pessoa suspeita de envolvimento e no cumprimento de mandados em oito locais, em que se incluem busca e apreensão e a prisão da referida suspeita.
As investigações apontaram para uma séria falha no controle de qualidade dos testes realizados pelo Laboratório PCS Saleme. Em virtude da gravidade do caso, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) decidiu ampliar o âmbito das apurações, investigando não só a emissão de laudos falsos, mas também o processo de contratação do laboratório pelo sistema de saúde. O foco é elucidar como seis pacientes contraíram o vírus HIV após transplantes de órgãos realizados no Rio de Janeiro. De acordo com as apurações, dois doadores teriam realizado exames de sangue no laboratório PCS Lab, situado na Baixada Fluminense, cujos resultados apontaram falso negativo.
Na última sexta-feira (18), a Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão temporária de quatro indivíduos envolvidos no caso das infecções por HIV decorrentes de transplantes de órgãos em unidades públicas do estado. A juíza Aline Abreu Pessanha ratificou a prisão temporária do sócio-proprietário do laboratório LCS Lab Saleme Walter Vieira e de três funcionários investigados: Cleber de Oliveira Santos, Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis.
A magistrada destacou a presença dos requisitos legais e a seriedade do crime, salientando a preocupação com a preservação das provas e com os riscos à investigação. O pedido de medidas cautelares, como prisão domiciliar, foi negado aos investigados. A decisão reforça a importância das investigações e da punição dos responsáveis por tais falhas graves no controle de qualidade de testes, que resultaram em infecções por HIV em pacientes submetidos a transplantes de órgãos no Rio de Janeiro.
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