CEO da Cloudflare nega interferência no bloqueio do X no Brasil

O CEO da Cloudflare, Matthew Prince, declarou que a empresa não auxiliou a rede social X a voltar a funcionar temporariamente no Brasil após a troca de servidor. O empresário negou também ter colaborado com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para derrubar a rede social novamente.

Na última quinta-feira, dia 19 de setembro, a Anatel informou ter recebido apoio ativo das prestadoras de telecomunicações e da Cloudflare para bloquear novamente o X no Brasil. No entanto, não houve pronunciamento por parte da rede social sobre a colaboração da Cloudflare para driblar a suspensão.

Matthew Prince afirmou em entrevista à Bloomberg nesta segunda (23) que a Cloudflare não trabalhou especificamente com as autoridades brasileiras para bloquear ou restabelecer o funcionamento do X no país. Segundo o CEO, o X fechou um novo acordo com a Cloudflare, o que resultou na troca de servidor. Ele destacou que a Anatel conseguiu bloquear o novo endereço da rede social.

Desde o dia 30 de agosto, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes referendada pela 1ª Turma do Supremo, a rede social X está suspensa no Brasil. O bloqueio foi devido ao descumprimento de ordens judiciais — como o bloqueio de perfis —, a falta de informações sobre monetização e a ausência de um representante legal no país. Após retornar brevemente à ativa com a troca de servidor, a rede social voltou a ser bloqueada.

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