Com intensificação do conflito, Egito e Jordânia pedem que Assad deixe a Síria
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Os líderes do Egito e da Jordânia fizeram um apelo ao ditador sírio Bashar al-Assad para que deixe o país diante do avanço dos rebeldes em direção à capital Damasco. Segundo informações do jornal "The Wall Street Journal" desta sexta-feira, rebeldes ligados à Organização para a Libertação do Levante (HTS) têm conquistado cidades estratégicas na Síria, reascendendo a guerra civil que já dura 13 anos.
Nos últimos dias, os rebeldes do HTS afirmaram que suas tropas estão próximas de Homs, a quarta maior cidade da Síria. A possível tomada de Homs pelos rebeldes representaria um importante avanço em direção a Damasco, colocando Assad sob cerco. O regime sírio considera a batalha por Homs como decisiva, já que uma derrota das forças leais deixaria a capital isolada de suas bases militares na costa, onde se encontram as instalações da Rússia, aliada de Assad.
Simultaneamente, rebeldes ao sul de Damasco teriam conquistado a cidade de Daara, indicando um cerco em potencial à capital síria. O grupo rebelde HTS, que já teve vínculos com a Al-Qaeda, fez um apelo para que forças leais a Assad desertem, enquanto o chefe do grupo, Abu Mohammad al-Jolani, afirmou em entrevista ao "The New York Times" que o objetivo é derrubar o governo opressivo de Bashar al-Assad e libertar a Síria.
Em uma série de reviravoltas contra o regime de Assad, uma aliança apoiada pelos Estados Unidos e liderada por combatentes curdos sírios tomou Deir el-Zor, importante reduto do governo no deserto do leste do país. Deir el-Zor se tornou a terceira cidade estratégica, após Aleppo e Hama, a escapar do controle do regime sírio em uma semana. A ofensiva rebelde reacende os conflitos na Síria, que tiveram início em 2011 durante as manifestações da Primavera Árabe.
Dados indicam que mais de meio milhão de sírios perderam a vida desde o início do conflito, com 6,8 milhões de pessoas tendo fugido do país. Assad conseguiu retomar cerca de 70% do território, enquanto áreas restantes permanecem ocupadas por tropas opositoras e estrangeiras. A recente ofensiva rebelde, impulsionada pela fragilização de grupos pró-Assad financiados pelo Irã, surpreendeu o regime sírio, que tem lutado para manter o controle diante do crescente avanço dos rebeldes sírios.
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