Com presença de Mauro Cid, STF inicia hoje fase de depoimentos em ações penais da trama golpista
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O Supremo Tribunal Federal (STF) está dando continuidade às investigações das ações penais relacionadas à trama golpista nesta semana, com a oitiva das testemunhas de acusação e defesa. O tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada, será ouvido novamente como informante do juízo. As audiências têm início nesta segunda-feira e se estenderão até a próxima semana, com depoimentos de diversas personalidades citadas nas investigações.
Na manhã desta segunda-feira, serão ouvidos Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Clebson Ferreira de Paula Vieira, ex-analista de inteligência do Ministério da Justiça, indicados como testemunhas da acusação pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles devem prestar depoimento sobre os bloqueios realizados pela PRF durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Já na tarde do mesmo dia, Mauro Cid será ouvido novamente como informante, por ter firmado acordo de delação e ser réu do núcleo 1 da trama golpista.
Para terça-feira, está previsto o depoimento dos ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica), indicados como testemunhas pelas defesas. Ao longo da semana, outras personalidades como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Gonçalves Dias e Onyx Lorenzoni serão ouvidos, trazendo mais elementos para a investigação das ações da suposta organização criminosa.
O processo envolve 31 réus, distribuídos em quatro núcleos distintos. A investigação aponta para uma suposta trama golpista que tinha como um dos principais alvos o ministro Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo os relatos do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro estava envolvido nas discussões e ajustes da minuta do golpe, documento que previa medidas autoritárias para reverter o resultado das eleições. Moraes permaneceria como alvo de prisão mesmo após modificações sugeridas por Bolsonaro.
As audiências prometem trazer à tona mais detalhes sobre a investigação da trama golpista e a participação de diversas personalidades políticas e militares nos possíveis planos de desestabilização do processo eleitoral e da ordem democrática no país.
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