"Compreensão imprecisa dos fatos": Barroso contesta tarifaço de Trump ao Brasil
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, quebrou o silêncio e criticou a tarifa de 50% aplicada ao Brasil pelos Estados Unidos, devido a uma compreensão imprecisa dos fatos, conforme afirmou. Barroso ressaltou que as divergências de opiniões são normais em sociedades democráticas, porém, não justificam distorções da verdade ou a negação de fatos concretos presenciados por todos.
Barroso destacou que, ao contrário de períodos anteriores, no Brasil atual não há perseguição política e enfatizou que o STF julgará com independência e baseado em evidências. Embora não tenha mencionado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro citou a denúncia por tentativa de golpe e o processo em curso relacionado a esse caso.
O presidente do STF ainda apontou eventos ocorridos desde 2019, incluindo tentativas de atentado, invasões e acusações falsas, ressaltando a atuação da Procuradoria-Geral da República em denunciar um plano de golpe que incluía até mesmo assassinatos de autoridades do país. Barroso salientou a importância da justiça ser feita com base em provas e respeitando o contraditório, reforçando que o Brasil atual não representa o cenário de ditaduras do passado.
Barroso enfatizou que o STF atuará de forma independente e imparcial, destacando a liberdade de imprensa no Brasil e a postura moderada da corte em decisões envolvendo plataformas digitais, como no caso do Marco Civil da Internet. O ministro ressaltou que as respostas políticas imediatas ao caso deveriam ser lideradas pelo Executivo e pela diplomacia brasileira, e não pelo Judiciário. Após o anúncio de Donald Trump sobre a taxação ao Brasil, Barroso se comunicou com o ex-presidente Lula para definir a postura inicial do Brasil diante da situação.
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