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Crianças brasileiras estão ficando mais altas e obesas, segundo estudo da Fiocruz
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Crianças brasileiras estão ficando mais altas e obesas, segundo estudo da Fiocruz

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02/04/2024 19h35
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Um estudo realizado por pesquisadores do Cidacs (Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde) da Fiocruz Bahia, em colaboração com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a University College London, revelou uma tendência no crescimento das crianças brasileiras. Os dados mostram que elas estão ficando mais altas e mais obesas. A pesquisa, que foi publicada no periódico científico The Lancet Regional Health - Americas, analisou as medidas de mais de cinco milhões de crianças brasileiras, com idades entre 3 e 10 anos.

De acordo com o estudo, entre os anos de 2001 e 2014, houve um aumento médio de 1 centímetro na altura das crianças brasileiras. Segundo Carolina Vieira, pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder da investigação, possuir uma estatura mais alta está associado a benefícios na saúde, como menor probabilidade de doenças cardíacas e derrame, além de maior longevidade. O crescimento na altura das crianças reflete o desenvolvimento econômico e as melhores condições de vida dos anos anteriores.

No entanto, o estudo também revelou um aumento considerável na prevalência de excesso de peso e obesidade entre as crianças brasileiras. Carolina Vieira ressalta que esses resultados indicam que o Brasil, assim como outros países do mundo, está distante de alcançar a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de conter o aumento da obesidade até 2030.

Os dados do estudo foram analisados levando em conta as diferenças entre sexos, estimando uma trajetória média de índice de massa corporal (IMC) e altura para meninos e meninas. Foi observado um aumento de 0,06 kg/m2 entre os meninos e 0,04 kg/m2 entre as meninas.

A pesquisa dividiu a população estudada em dois grupos: os nascidos entre 2001 e 2007, e os nascidos entre 2008 e 2014. Na faixa etária de 5 a 10 anos, o excesso de peso aumentou 3,2% entre os meninos e 2,7% entre as meninas. No caso da obesidade, o aumento foi de 2,7% entre os meninos e 2,1% entre as meninas, passando de 11,1% para 13,8% e de 9,1% para 11,2%, respectivamente.

Já na faixa etária de 3 e 4 anos, o estudo identificou um aumento do excesso de peso em 0,9% entre os meninos e 0,8% entre as meninas. Em relação à obesidade, houve um crescimento de 0,5% entre os meninos (de 4% para 4,5%) e 0,3% entre as meninas (de 3,6% para 3,9%).

O aumento da altura das crianças é um dado animador, porém, o crescimento desproporcional do peso é preocupante. De acordo com a pesquisadora a alimentação baseada em ultraprocessados e o comportamento sedentário influenciam esse cenário, mesmo que a obesidade seja uma doença multifatorial. Além disso, um maior número de casos de obesidade traz consigo o risco de aumento de doenças crônicas não transmissíveis.

Carolina Vieira destaca que esse impacto será ainda maior na população de crianças mais pobres, pois a prevalência da obesidade tem aumentado nesse grupo social. Ela afirma ser necessário direcionar políticas de prevenção de forma mais específica para esse segmento da população.

 

Este artigo foi criado por humanos via ferramenta de Inteligência Artificial e não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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