Deputado estadual é investigado como chefe de milícia em Feira de Santana
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A Polícia Federal está investigando o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha. A suspeita é de que o deputado seja o chefe de uma milícia responsável por lavagem de dinheiro na cidade de Feira de Santana, localizada a 100 km de Salvador. A operação resultou na prisão de seis pessoas, incluindo o filho de 18 anos e a esposa do parlamentar. Outras quatro pessoas ainda estão foragidas.
A esposa de Binho Galinha, Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, teve sua prisão convertida em domiciliar devido à existência de uma filha ainda criança. Já o filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, de 18 anos, teve sua prisão preventiva decretada e foi enviado para o presídio de Salvador.
Por possuir foro privilegiado, o deputado não foi preso, mas afirmou estar à disposição da Justiça e que os fatos serão esclarecidos. Ele ressaltou ainda que suas atividades legislativas seguirão normalmente nos próximos dias.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, diversos bens dos investigados foram bloqueados. Segundo as investigações, Kleber Herculano de Jesus, conhecido como "Compadre Charutinho", seria um dos responsáveis pela receptação de peças roubadas, que posteriormente eram vendidas para o estabelecimento Tend Tudo, comandado por Binho Galinha e Mayana Cerqueira.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou um total de quinze pessoas, das quais seis prisões já foram concluídas, incluindo a esposa e o filho do deputado. Dez mandados de prisão preventiva foram expedidos e quatro pessoas ainda estão foragidas.
Entre os presos estão também três policiais militares, identificados como Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho, que atuavam como o "braço armado" da milícia. Eles estão sob custódia da Coordenadoria de Custódia Provisória.
A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) informou que não tinha conhecimento da operação da Polícia Federal e que não tomará nenhum tipo de medida contra o parlamentar durante a duração das investigações. A ALBA afirmou que aguardará notificações para se pronunciar sobre o caso.
Todas as informações foram obtidas a partir do material divulgado pela Polícia Federal, Ministério Público da Bahia e Assembleia Legislativa da Bahia.