Economista Rodrigo Paz é eleito presidente da Bolívia
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O senador de centro-direita Rodrigo Paz foi eleito presidente da Bolívia, sucedendo o mandato do presidente Luis Arce, com a responsabilidade de enfrentar a crise econômica enfrentada pelo país nos últimos anos. Com 54,5% dos votos, Paz derrotou seu oponente, o ex-presidente Jorge Quiroga, obtendo uma vitória decisiva de acordo com a contagem oficial do Tribunal Supremo Eleitoral. A transição de poder está prevista para o dia 8 de novembro, quando Rodrigo Paz se tornará o terceiro membro de sua família a ocupar o cargo máximo na nação, seguindo os passos de seu pai, Jaime Paz Zamora, e de seu tio-avô Víctor Paz Estenssoro.
Com a eleição de Paz, a Bolívia encerra um período de 20 anos de governos de esquerda iniciado por Evo Morales em 2006. Durante essa fase, o país experimentou o nacionalismo de recursos naturais e o fortalecimento das relações com potências emergentes como China, Rússia e Irã. No entanto, o cenário econômico atual é desafiador, com projeções de recessão até 2027 e uma inflação em ascensão, que atingiu 23% nos últimos 12 meses. A gestão de Luis Arce esgotou grande parte das reservas do país para manter a política de importação de combustíveis, o que representa uma das questões a serem enfrentadas pelo novo governo.
O novo presidente eleito propõe uma agenda de descentralização e um "capitalismo para todos", que inclui a formalização do trabalho, redução de impostos e eliminação de burocracias. No entanto, especialistas alertam que os cortes nos gastos públicos, especialmente nos subsídios aos combustíveis, podem agravar a crise no curto prazo. Com a maior bancada no Parlamento, Rodrigo Paz terá que negociar acordos com outras forças políticas, já que nenhum grupo possui maioria absoluta.
Enquanto isso, o ex-presidente Evo Morales, que não pôde concorrer devido a restrições legais, permanece ativo na arena política, mobilizando seus seguidores e protestando contra a ascensão da direita. Morales, que liderou o país por três mandatos consecutivos, segue com acusações pendentes e promete resistir contra qualquer tentativa de enfraquecer o legado de seu governo.
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