Escândalo de corrupção atinge governo argentino e abala base de apoio do presidente Milei
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O presidente argentino Javier Milei está enfrentando uma crise política agravada por um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei (foto). A denúncia veio à tona com o vazamento de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-diretor da Agência Nacional de Deficiência, alegando que Karina teria recebido propina em um esquema de corrupção relacionado à compra de medicamentos para o Estado. O presidente Milei negou as acusações, qualificando-as como uma conspiração da elite. Até o momento, Karina não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
O escândalo acontece em um momento de fragilidade política para o governo de Milei, com sua base de apoio no Congresso enfraquecida e conflitos internos, incluindo o rompimento com a vice-presidente Victoria Villarruel. Isso tem prejudicado a capacidade do presidente de aprovar projetos e tem resultado em derrotas legislativas. Com as eleições legislativas se aproximando, a governabilidade de Milei pode ser ainda mais comprometida.
A repercussão do caso já afetou a aprovação do presidente, com uma queda de 13,6% em agosto, de acordo com o Índice de Confiança no Governo da Universidad Torcuato di Tella. Recentemente, a comitiva de Milei enfrentou apedrejamento durante um evento de campanha, e sua irmã precisou ser retirada rapidamente de outro compromisso. Embora outros fatores possam ter contribuído para a queda, especialistas apontam que o escândalo dos medicamentos foi um fator determinante para aumentar o descontentamento popular e refletir na aprovação de Milei.
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