Estados Unidos acusam Exército de Israel de violações graves dos direitos humanos
ICARO Media Group TITAN
Nesta segunda-feira (29), os Estados Unidos apresentaram acusações contra o Exército de Israel, alegando que cinco unidades das Forças Armadas israelenses cometeram graves violações aos direitos humanos. Essas infrações não estão relacionadas à guerra entre Israel e Hamas nem à situação na Faixa de Gaza, segundo uma investigação realizada pelo Departamento de Estado dos EUA.
De acordo com informações reveladas pelo porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, esses registros de violações foram feitos bem antes do dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista invadiu o sul de Israel, resultando em mortes, sequestros e em um conflito armado. No entanto, Patel não especificou o período exato em que essas situações ocorreram.
O Departamento de Estado afirmou que quatro das cinco unidades nas quais as infrações foram detectadas já remediaram efetivamente as irregularidades, embora não tenham sido revelados detalhes sobre as ações corretivas ou se houve punição para os envolvidos. Por outro lado, o governo de Israel apresentou informações sobre as acusações na quinta unidade, que ainda estão sendo investigadas, conforme informado por Patel.
A Casa Branca tomou conhecimento da denúncia e está atualmente avaliando quais decisões serão tomadas em relação à investigação, segundo o mesmo porta-voz. No entanto, Vedant Patel não revelou em quais unidades específicas ocorreram as violações e também se recusou a divulgar detalhes sobre a natureza das infrações ou quando elas aconteceram.
Antes do conflito, o Exército de Israel vinha realizando incursões crescentes em cidades na Cisjordânia, incluindo uma megaoperação que foi a maior em 20 anos no território palestino. Durante essa operação, 12 pessoas perderam a vida, e moradores e autoridades locais acusaram os soldados de matar deliberadamente moradores de um campo de refugiados. O governo israelense negou essas alegações e afirmou que encontrou material de guerra enviado pelo Irã e planos de atentados em território israelense nas incursões.