EUA revogarão vistos de membros do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS em meio a polêmicas com Mais Médicos
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou hoje a revogação de vistos de diversos membros do governo brasileiro e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A ação tem como alvo integrantes do programa Mais Médicos, bem como seus familiares. Rubio, sem apresentar provas, acusou o Mais Médicos de ser um "golpe diplomático inconcebível" e um "esquema de exportação de trabalho forçado" do regime cubano. Segundo ele, a medida visa responsabilizar aqueles que viabilizam esse esquema.
As acusações dos Estados Unidos também se estendem à OPAS, sendo alegado que a organização foi usada como "intermediária da ditadura cubana" no esquema de exportação de trabalho forçado de médicos cubanos. O governo americano afirma que ex-funcionários da OPAS estariam envolvidos nesse esquema, que resultaria no enriquecimento do regime cubano em detrimento dos cuidados médicos essenciais para a população local.
Além disso, outros governos também serão afetados pela revogação de vistos. Cuba, Granada e países africanos estão na lista de punição elaborada por Rubio, que os acusa de colaborarem com a suposta exportação de trabalho forçado cubano. A medida é vista como parte de uma estratégia conduzida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro junto à administração do presidente Donald Trump. Em julho, oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram seus vistos revogados pelos EUA, resultado de uma articulação que teve início em janeiro. A pressão sobre os magistrados, inclusive com sanções individuais, continua sendo uma das ações-chave de Eduardo Bolsonaro.
Diante do anúncio das novas sanções, Eduardo Bolsonaro destacou a intenção de Trump em conter e punir regimes autoritários, citando especificamente Cuba e possíveis influências de figuras como o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Lula no Brasil. O deputado afirmou também que continuará suas atividades em Washington D.C. e reforçou a mensagem de que nem mesmo familiares de autoridades estão imunes às medidas aplicadas. Este movimento reflete a determinação dos EUA em responsabilizar aqueles que contribuem para regimes que são considerados abusivos e exploradores.
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