Greve no transporte público em São Luís entra no segundo dia
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Cerca de 700 mil usuários do sistema de transporte público em São Luís e região metropolitana estão enfrentando as consequências da greve deflagrada nesta segunda-feira (17). O impasse entre os rodoviários e as empresas de transporte tem gerado transtornos e expectativas por um acordo que ponha fim à paralisação.
Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão (Sttrema), as negociações para a Convenção Coletiva de Trabalho de 2025 começaram em janeiro deste ano. No entanto, após quatro reuniões, duas audiências de mediação e uma audiência de conciliação, não houve avanços significativos nas reivindicações dos trabalhadores.
As exigências do Sttrema incluem benefícios como tickets de alimentação para motoristas que exercem múltiplas funções, reajustes salariais e seguros em caso de falecimento, entre outros. As empresas de transporte, representadas pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET), afirmaram não ter condições de atender às demandas apresentadas pelos rodoviários até o momento.
Na última sexta-feira (14), uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) não resultou em acordo entre as partes, o que culminou na deflagração da greve geral no sistema de transporte público. A decisão impactou diretamente a circulação dos ônibus, com 100% da frota paralisada, desobedecendo a determinação judicial que estabelecia a circulação de 80% dos veículos.
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, anunciou medidas emergenciais para minimizar os impactos da paralisação, como o uso de recursos públicos para custear corridas de aplicativos para os usuários de ônibus. Braide também propôs um novo processo licitatório para substituir as atuais empresas de ônibus, visando melhorar a qualidade do transporte na capital maranhense.
A Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) acompanha de perto as tratativas entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores. Durante audiências de conciliação, a MOB apresentou alternativas de recomposição tarifária com base no percentual indicado pelo SET. Enquanto isso, as empresas de transporte garantem que buscam meios de negociação para resolver o impasse e garantir o retorno dos rodoviários ao trabalho.
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