Influenciadora é criticada após drogar colegas de faculdade com "melzinho do amor"
ICARO Media Group TITAN
Uma influenciadora digital com cerca de 5 milhões de seguidores no TikTok causou polêmica nas redes sociais depois de utilizar uma substância conhecida como "melzinho do amor" para drogar secretamente seus amigos da faculdade. O produto, registrado como estimulante sexual, contém componentes proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como Sildenafila e Tadalafila, que apresentam riscos graves de efeitos colaterais, especialmente em jovens e pessoas com problemas cardíacos.
Gabriela Nery, nome da influenciadora em questão, decidiu gravar um vídeo utilizando uma câmera escondida para registrar as reações de seus amigos ao serem drogados sem saber. Essa "trollagem" gerou indignação entre os internautas, que expressaram preocupação com os riscos à saúde dos envolvidos.
Nas redes sociais, diversos internautas manifestaram repúdio à situação, ressaltando a gravidade do ato e considerando os riscos para pessoas com problemas cardíacos. Além disso, eles destacaram a total falta de graça na brincadeira realizada pela influenciadora.
Um usuário do Twitter comentou: "Ela tem 5 milhões e um vídeo com Bolsonaro em destaque. Já fez a 'trolagem do melzinho do amor' com os próprios pais. Gravíssimo." Outro acrescentou: "Se a pessoa tem um problema cardíaco e já utiliza algum vasodilatador, isso pode jogar a pressão no chão. Não prescrevo tadafila pra ninguém sem investigar risco cardiovascular. Imagina tomar sem saber. Zero graça."
Após a repercussão negativa, a influenciadora apagou o vídeo das redes sociais, porém, o estrago já estava feito.
É importante ressaltar que, em 2021, a Anvisa tomou medidas para apreender três marcas desse produto, proibindo sua comercialização, distribuição e uso no país. No entanto, mesmo após a proibição estabelecida pela agência, é possível encontrar os chamados "melzinhos do amor" à venda em Sex Shops, shoppings populares e na internet, levantando preocupações sobre a fiscalização e controle dessas substâncias proibidas.
De acordo com o portal Correio Braziliense, pesquisadores do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox) realizaram uma análise alarmante do "melzinho do amor". Mesmo com ingredientes listados como café, extrato de caviar, ginseng, maçã, gengibre, canela e mel da Malásia, a análise revelou a presença não declarada de Sildenafila e Tadalafila, substâncias presentes em medicamentos para disfunção erétil.
Essa discrepância é extremamente preocupante, uma vez que os consumidores confiavam nas informações da embalagem, acreditando se tratar de extratos naturais. Porém, na realidade, o produto contém fármacos que requerem prescrição médica. Essa falta de transparência representa um risco significativo para a saúde dos consumidores, já que a presença não informada dessas substâncias pode acarretar efeitos colaterais graves, até mesmo fatais, em determinadas circunstâncias.