Investigação aponta invasão em casa próxima à penitenciária de Mossoró durante a fuga de detentos
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Uma nova pista surgiu na investigação sobre a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, localizada no Rio Grande do Norte. Segundo as informações iniciais, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento escaparam do presídio na madrugada do dia anterior. Agora, segundo o site G1, a força-tarefa responsável por desvendar o caso suspeita de uma invasão ocorrida entre 18h e 21h desta quarta-feira (14) em uma residência na zona rural de Mossoró, situada a 7 km da penitenciária.
Na casa invadida, foram furtadas várias camisas de diferentes cores, além de tênis e pequenos objetos pessoais. A equipe de investigação se dirigiu ao local para verificar se câmeras de segurança registraram alguma atividade suspeita. A polícia também está em busca de impressões digitais dos foragidos. Helicóptero e drones estão sendo utilizados para reforçar a patrulha na região, já que não houve a informação de desaparecimento de nenhum veículo.
A fuga dos detentos ocorreu por volta das 3h, quando eles conseguiram escapar pelas celas arrancando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia ligados à iluminação. Em seguida, cortaram um alambrado utilizando uma ferramenta cortante, possivelmente obtida de um canteiro de obras em reforma dentro do presídio. As câmeras de segurança registraram sua passagem para fora do estabelecimento penitenciário, vestidos com o uniforme de preso. A administração só percebeu a ausência de Deibson e Rogério às 5h, duas horas após a fuga.
A investigação preliminar conduzida pelo gabinete de crise do Ministério da Justiça e Segurança Pública, instalado na capital potiguar, aponta uma série de erros que permitiram a fuga dos detentos. Este é o primeiro caso de fuga registrado na história do sistema penitenciário federal. Nesta quinta-feira (15), uma equipe de peritos da Polícia Federal retornou ao presídio para dar continuidade às investigações sobre a fuga de Rogério e Deibson, que seriam ligados à facção criminosa Comando Vermelho e estavam em regime disciplinar diferenciado (RDD).