Israel enfrenta protestos após descoberta de corpos de reféns
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Após a descoberta dos corpos de seis dos reféns sequestrados pelo Hamas no início de outubro, Israel se vê tomado por uma onda de indignação que não era vista há meses. Milhares de pessoas têm saído às ruas do país em protesto contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de ser responsável pelas mortes dos reféns. A negativa de Netanyahu em chegar a um acordo com a organização palestina para o retorno dos 97 sequestrados que ainda estão na Faixa de Gaza tem gerado revolta.
De acordo com informações da BBC, nesta segunda-feira (2/9), uma greve geral, convocada pela principal central sindical de Israel, paralisou diversas atividades. Além disso, Netanyahu teria implorado pelo perdão dos israelenses por não ter conseguido trazer de volta os seis reféns. As manifestações pedem a adesão imediata a um acordo que garanta a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas. O primeiro-ministro afirmou à imprensa que estão próximos de trazê-los de volta vivos e acrescentou: "eu gostaria de repetir mais uma vez esta noite, Israel não seguirá para nossa agenda normal depois daquele massacre. O Hamas pagará um preço muito alto por isso."
Enquanto os manifestantes clamam por um acordo e pelo retorno dos reféns, empresas, escolas e transportes foram afetados pela greve. Algumas estradas foram bloqueadas por manifestantes e alguns voos no Aeroporto Ben Gurion, principal aeroporto do país, foram cancelados. O governo alega que está tomando medidas legais para impedir a paralisação, afirmando que ela tem motivações políticas.
No domingo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) recuperaram os corpos de Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e do sargento Ori Danino, que faziam parte dos 251 sequestrados pelos militantes do Hamas durante o ataque surpresa ao sul de Israel em 7 de outubro. Os corpos foram encontrados com ferimentos à queima-roupa, segundo porta-vozes das IDF. No entanto, o Hamas alega que eles morreram devido a bombardeamentos israelenses.
Além dos seis corpos encontrados, soldados israelenses recuperaram outros seis corpos de pessoas entre 70 e 80 anos no território palestino. Até o momento, mais de 50 pessoas sequestradas morreram na Faixa de Gaza. O sentimento de revolta e indignação é compartilhado pelos familiares das vítimas e por manifestantes que reivindicam o retorno seguro dos reféns.
As negociações entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Egito, pelo Qatar e pelos Estados Unidos, não foram bem-sucedidas na busca por um cessar-fogo e pelo retorno dos sequestrados. Um dos entraves para um acordo foi a intenção de Israel em manter o controle militar sobre o Corredor de Filadélfia, na fronteira entre Gaza e o Egito, mesmo após o fim do conflito.
A população israelense, por sua vez, exige justiça e soluções imediatas para a situação dos reféns. Os protestos e a greve geral são formas de pressionar o governo a agir e garantir o retorno dos sequestrados, dando prioridade absoluta a essa questão. A população clama para que suas vozes sejam ouvidas e demonstra determinação em não cessar os protestos até que os reféns estejam de volta em segurança.
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