Maduro enfrenta Musk em desenho animado venezuelano
ICARO Media Group TITAN
O regime da Venezuela transformou a disputa entre seu ditador, Nicolás Maduro, e o bilionário Elon Musk em tema de um episódio da série de desenho animado "Súper Bigote" (super bigode), produzida pela TV estatal. Neste episódio recente, o personagem do super-herói, baseado em Maduro e com o icônico bigode, enfrenta Musk, retratado como o Diabo.
No episódio, Elon Musk é apresentado com cabelo em forma de chifres, longas unhas e sentado em uma cadeira com um pentagrama desenhado. Além disso, o personagem usa uma braçadeira estampada com a logo de sua rede social, X, fazendo uma paródia com um símbolo nazista. Ele tenta realizar uma lavagem cerebral nos venezuelanos através de seu poder nas redes sociais e tecnologia, além de expressar seu desejo de obter as riquezas naturais do país.
Reprodução / Youtube
O protagonista Super Bigode reage alegando ser "Davi contra Golias", uma referência à história bíblica em que Davi, o pequeno pastor corajoso, derrota o gigante Golias. Super Bigode exibe uma Bíblia e uma cruz, fazendo com que a cabeça de Musk no desenho comece a girar em 360º, como seres diabólicos de filmes de terror.
Logo em seguida, Musk é enviado para outro planeta por uma mão gigante, referência à SpaceX, empresa privada de exploração espacial que tem como objetivo colonizar Marte.
Assista:
Super Bigode declara que Deus está ao seu lado e que quem se opõe à Venezuela se dará mal. Ele enfatiza que o país possui defensores, como ele mesmo, e que o fascismo não entrará na Venezuela. Essas declarações foram feitas após Maduro acusar Musk de estar por trás de um suposto ataque hacker que teria atrasado a divulgação das atas eletrônicas das eleições presidenciais.
Os documentos, semelhantes aos boletins de urna brasileiros, seriam uma forma de comprovar a vitória de Maduro nas eleições, porém, semanas após o pleito, Caracas se recusa a divulgá-los, mesmo sob pressão internacional. Musk havia se posicionado contra Maduro antes das eleições, declarando apoio à oposição e afirmando que "o povo da Venezuela quer mudança".
Em resposta, Maduro chamou o bilionário de "arqui-inimigo da Venezuela" e anunciou a criação de uma comissão especial para investigar o suposto ataque hacker e o sistema de segurança informática do órgão eleitoral venezuelano. No último dia 8, o regime determinou o bloqueio da rede social X no país, já tendo suspendido anteriormente o WhatsApp e desinstalado o aplicativo de seu celular diante de seus apoiadores.
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