Marine Le Pen é investigada por irregularidades em campanha eleitoral
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A líder do partido de extrema direita na França, Marine Le Pen, está sendo investigada por supostas irregularidades no financiamento de sua campanha eleitoral de 2022. A abertura do inquérito foi anunciada recentemente por procuradores de Paris, após uma investigação preliminar que apontou suspeitas de desfalque, falsificação e fraude.
Na eleição presidencial de 2022, Marine Le Pen chegou ao segundo turno e obteve 41% dos votos, sendo derrotada por Emmanuel Macron. O partido que lidera, a Reunião Nacional, venceu o primeiro turno das eleições legislativas recentemente, mas foi derrotado no último domingo diante da aliança entre partidos de centro, esquerda e ecologistas.
Marine Le Pen, que anteriormente expressava confiança em conseguir uma maioria absoluta nas eleições legislativas, minimizou o resultado e afirmou que a vitória da extrema direita será "apenas adiada". Ela sugere que o movimento estará presente com força total nas próximas eleições presidenciais em 2027.
No entanto, segundo o jornal Le Monde, uma acusação contra Le Pen foi recebida em 2023 pelo escritório do promotor público de Paris. O relatório foi enviado pela Comissão Nacional de Contas de Campanhas e Financiamento Político (CNCCFP), uma autoridade administrativa independente responsável pela supervisão do processo de verificação das contas de campanha.
A CNCCFP estabeleceu regras rigorosas para as campanhas eleitorais desde a lei de 1988, incluindo limites de gastos e exigência de apresentação das contas de campanha para reembolso dos gastos.
Marine Le Pen é filha do fundador do partido de extrema direita nos anos 70, Jean Marie Le Pen. Durante os primeiros nove anos do movimento, o Reunião Nacional contou com um ex-agente da SS como tesoureiro e Le Pen foi condenado cerca de 15 vezes por propagação do ódio. Suas declarações polêmicas incluem a afirmação de que o Holocausto foi apenas "um detalhe" na história.
Apesar das tentativas de transformar a imagem do partido, Marine Le Pen mantém em suas bases propostas racistas, anti-imigrantes e reformas nacionalistas na educação, ameaçando o estado de direito.
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