Médica é condenada por disseminar fake news sobre câncer de mama
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Na última semana, a Justiça do Pará condenou a médica Lana Tiani Almeida da Silva por disseminar informações falsas sobre o câncer de mama. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, a profissional afirmou que a doença "não existe" e que a mamografia seria prejudicial, indo contra as evidências científicas e diretrizes das autoridades de saúde.
O processo movido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) resultou na determinação para que Lana retirasse imediatamente suas postagens da internet. A juíza responsável pelo caso determinou também que a médica está proibida de propagar informações falsas sobre a mamografia, sob pena de multa diária de R$ 1,5 mil, e de divulgar tratamentos sem comprovação científica.
No vídeo, Lana incentivou a ignorar a campanha Outubro Rosa e ainda promoveu uma terapia sem evidências para tratar o que chamou de inflamação crônica. A juíza ressaltou em sua decisão o perigo representado pela conduta da ré, que descredibiliza métodos científicos de diagnóstico e tratamento do câncer de mama, causando risco à saúde da população.
Apesar de se apresentar como especialista em mastologia e ultrassonografia, o Conselho Federal de Medicina não encontrou registros de especialidades cadastradas em seu nome. Após a repercussão do caso, o Conselho Regional de Medicina do Pará informou que o assunto será investigado, mantendo o sigilo do processo. Entidades médicas expressaram repúdio às declarações de Lana.
O CBR ressaltou a importância do acesso das mulheres à mamografia, afirmando que o exame pode salvar vidas e evitar tratamentos mais agressivos em estágios avançados do câncer de mama.