Morre Silvio Tendler, um dos maiores documentaristas do Brasil
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O renomado cineasta e historiador brasileiro, Silvio Tendler, faleceu aos 75 anos na manhã desta sexta-feira devido a complicações de uma neuropatia diabética, sendo a causa da morte confirmada por sua filha, Ana Rosa Tendler. Conhecido como "cineasta dos sonhos interrompidos", ou "cineasta dos vencidos" Tendler deixou sua marca na história do cinema nacional com obras emblemáticas retratando figuras e episódios importantes da política brasileira.
Silvio Tendler foi um dos principais diretores do Brasil, tendo em sua filmografia títulos como "Jango" (1980), "Os Anos JK - Uma Trajetória Política" (1980) e "Tancredo, A Travessia" (2011), esta última parte de sua "Trilogia Presidencial". Seu filme sobre João Goulart é reconhecido até hoje como uma das maiores bilheterias de documentário nacional, chegando a 1 milhão de espectadores.
A obra mais significativa de Tendler, "Utopia e Barbárie", é um retrato da segunda metade do século 20, construído ao longo de aproximadamente vinte anos, e conta com a participação de figuras importantes do período como Augusto Boal, Eduardo Galeano e Susan Sontag. Nascido no Rio de Janeiro em 1950, o cineasta iniciou sua carreira nos anos 1960, dedicando-se ao cinema e buscando exílio no Chile para escapar da ditadura militar.
De volta ao Brasil, Silvio Tendler se tornou professor na PUC-Rio e fundou a produtora Caliban em 1976, que se tornaria referência no documentário brasileiro. Nos anos 1990, o cineasta expandiu suas atividades para a política institucional, atuando como Secretário de Cultura e Esporte do Distrito Federal e colaborando com a Unesco na indústria audiovisual do Mercosul. Reconhecido por seu trabalho, Tendler recebeu mais de 60 prêmios ao longo de sua carreira em festivais pelo Brasil e no exterior.
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