Netanyahu afirma que Israel recusa cessar-fogo após ataque terrorista do Hamas
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Israel não concordará com um cessar-fogo na disputa com o grupo Hamas, de acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Em um discurso realizado nesta segunda-feira (30), Netanyahu afirmou que as guerras podem ter vítimas civis não intencionais e acusou o Hamas de usar civis como escudos.
Netanyahu denunciou o uso de porões de hospitais em Gaza pelo grupo terrorista para espalhar o terror, além de ter depósitos de armas e roubar combustível. Ele relatou que mais de 200 reféns, incluindo crianças, estão em poder do Hamas e pediu o apoio de todos os países civilizados para exigir a libertação dessas pessoas.
Em seu pronunciamento, o líder israelense fez comparações com eventos históricos dos Estados Unidos para justificar sua postura de não aceitar um cessar-fogo. Ele mencionou os ataques à base de Pearl Harbor em 1941 e às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, argumentando que assim como os EUA não aceitariam um cessar-fogo nessas situações, Israel também não o fará agora.
Netanyahu denunciou os atentados terroristas do Hamas como o ataque mais feroz contra o povo judeu desde o Holocausto, com relatos de crianças mortas, pessoas queimadas vivas, mulheres estupradas e homens decapitados. Ele reforçou que Israel está lutando contra inimigos da civilização.
Autoridades israelenses informaram que tropas e tanques atacaram a Cidade de Gaza, a maior e mais populosa da Faixa de Gaza, por terra, ar e mar. A ação ocorre no quarto dia das operações terrestres de Israel dentro do território de Gaza.
A recente disputa entre o Hamas e Israel teve início em 7 de outubro, quando o grupo palestino realizou um ataque-surpresa contra Israel. Esse ataque foi considerado o mais violento em território israelense dos últimos 50 anos.
O Hamas é um grupo terrorista islâmico que controla Gaza desde 2007 e é considerado terrorista por países como os Estados Unidos e o Reino Unido, mas tem o apoio do Irã.
Os ataques ocorreram perto da fronteira da Faixa de Gaza, com disparos de foguetes e incursões armadas através do sul de Israel. Em resposta, o governo israelense iniciou uma retaliação, lançando bombas em direção à Faixa de Gaza.
O total de mortos desde o início do conflito é estimado em mais de 6 mil pessoas. Em Gaza, são mais de 5 mil vítimas, incluindo 2 mil crianças. Já em Israel, há cerca de 1,4 mil mortes confirmadas.
A disputa entre Israel e Palestina é uma questão que se estende por décadas e resultou em inúmeros confrontos e mortes. O reconhecimento de Israel como Estado ocorreu em 1948, e desde então foram feitas várias tentativas de acordo de paz sem sucesso. A região da Faixa de Gaza fica ao longo da costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito e banhada pelo Mar Mediterrâneo.