Pará em chamas: Incêndios e fumaça deixam o estado em situação de emergência
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O estado do Pará enfrenta uma grave crise de incêndios florestais e fumaça, provocada pelas queimadas e pelo desmatamento ilegal na região. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará lidera o número de focos de queimadas em 2024, somando 53 mil incêndios até o momento. A vasta nuvem de fumaça gerada pelos incêndios cobre cerca de 2 milhões de km², afetando diversas cidades do estado.
A situação se agravou nos últimos meses, com os incêndios iniciados em julho ultrapassando a média histórica registrada desde 1998. O aumento nos casos de doenças respiratórias, causado pela má qualidade do ar repleto de fuligem, tem pressionado o sistema de saúde das cidades. Em Santarém, por exemplo, foi decretado estado de emergência devido à poluição atmosférica, refletindo a gravidade da crise de saúde pública.
Os esforços para combater os incêndios têm se mostrado insuficientes diante da escala do problema. Em resposta à crise nacional, o governo federal mobilizou mais de 1.700 profissionais e disponibilizou recursos como aeronaves, embarcações e viaturas. No entanto, essas medidas ainda não conseguiram conter a expansão do fogo no Pará, levando a prefeitura a solicitar reforços da Força Nacional para intensificar o combate às chamas.
No campo da saúde, os hospitais registram um aumento significativo de atendimentos relacionados a doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos, que apresentam sintomas como tosse, vômito e diarreia.