PF indicia ex-presidente Bolsonaro e general Braga Netto por crimes contra a democracia
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A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto, juntamente com mais 35 indivíduos, por suspeita de crimes que incluem abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O relatório da investigação, com 884 páginas, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pela primeira vez na história do país, um presidente eleito durante o período democrático é indiciado por conspirar contra a democracia. A defesa de Bolsonaro, Braga Netto e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ainda não se manifestou.
Além do indiciamento no inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciados por suspeita de apropriação indevida de joias milionárias recebidas do governo da Arábia Saudita durante seu mandato presidencial. Segundo a investigação, as joias não foram declaradas como patrimônio do Estado, conforme exigido por lei, e parte delas teria sido negociada nos Estados Unidos. O caso veio à tona após aliados de Bolsonaro tentarem recomprá-las para devolvê-las ao governo brasileiro.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal ao longo de quase dois anos reuniram diversas provas, como mensagens de celular, vídeos, gravações, depoimentos de delatores e documentos. Entre os elementos coletados estão a minuta de um decreto golpista para decretar "Estado de sítio" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um vídeo de uma reunião ministerial em que Bolsonaro menciona a necessidade de agir antes das eleições. O próximo passo é o envio do relatório ao Ministério Público Federal, que analisará as informações para decidir se apresenta denúncia contra os envolvidos. A expectativa é que a denúncia seja formalizada no próximo ano, devido à complexidade do caso e ao amplo volume de informações levantadas.
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