Polícia captura suspeito de matar dentista em prédio de luxo na Bahia

Um avanço significativo foi alcançado nas investigações sobre a morte do dentista Lucas Maia de Oliveira, encontrado sem vida em um condomínio de luxo em Salvador, no fim de novembro. Nesta segunda-feira (18), a Polícia Civil da Bahia anunciou a prisão do suspeito do crime, identificado como Patrick Pereira Pinho, de 22 anos.

Patrick foi capturado em sua residência, localizada no bairro Engenho Velho da Federação, durante uma operação policial. Durante a ação, uma televisão que supostamente foi roubada da casa da vítima também foi apreendida e será submetida a perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Segundo informações divulgadas pelo portal G1, a captura do suspeito se deu após minuciosa análise de mais de 121 horas de imagens das câmeras de segurança do prédio. Além disso, a polícia ouviu o depoimento de 21 pessoas, entre testemunhas, amigos e familiares do dentista, no decorrer das investigações.

Nas imagens obtidas das câmeras de segurança, o suspeito do crime pode ser visto utilizando um capuz no elevador do edifício, claramente buscando esconder sua identidade.

De acordo com as autoridades, Patrick roubou o veículo, o celular, a televisão e o notebook de Lucas. O automóvel foi abandonado aproximadamente 2,5 km distante do condomínio onde o roubo ocorreu. O suspeito percorreu cerca de uma hora com o veículo antes de deixá-lo no local onde foi encontrado.

O dentista desapareceu em 23 de novembro e seu corpo foi encontrado dias depois em seu próprio apartamento, situado no bairro Rio Vermelho. O caso inicialmente estava sendo tratado como latrocínio - roubo seguido de morte -, mas agora está sendo investigado como homicídio qualificado e furto.

Zaira Pimentel, da 1ª Delegacia de Homicídios do Atlântico, responsável pelo caso, explicou que a hipótese de homicídio qualificado e furto é considerada, pois o suspeito teria cometido o crime e, posteriormente, decidiu subtrair os pertences da vítima por conveniência. Ressalta-se que o caso está sob a análise do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), em vez do Deic (Departamento Especializado de Investigações Criminais).

No momento em que foi encontrado, o corpo de Lucas estava amarrado na cama, e o apartamento ainda apresentava sinais de reviravolta, com móveis quebrados.