Prefeitura de São Paulo planeja reajuste da tarifa de ônibus em 2025

Nesta segunda-feira (16), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), indicou que planeja reajustar a tarifa de ônibus na capital paulista no próximo ano. A equipe do prefeito está estudando um reajuste que não ultrapasse a inflação acumulada nos últimos quatro anos, período em que a tarifa ficou congelada em R$ 4,40. Durante esse período, a inflação acumulada em São Paulo foi de 32,77%. Apesar disso, Nunes afirmou que o reajuste não será feito de maneira a corrigir toda a inflação acumulada, o que elevaria o preço da passagem para pelo menos R$ 5,84 a partir de janeiro de 2025.

O prefeito havia declarado anteriormente que não pretendia manter a tarifa congelada por mais um ano após ser reeleito. No entanto, afirmou que só tomará uma decisão após analisar todos os dados, como dissídios de funcionários e custos, para não desequilibrar outras áreas, como saúde, educação e habitação. Desde a gestão de Gilberto Kassab, os reajustes da tarifa dos ônibus municipais são feitos em conjunto com o governo do estado, de modo a equiparar o valor da tarifa municipal com os transportes estaduais.

O congelamento da tarifa de ônibus tem gerado um aumento nos gastos da Prefeitura de São Paulo com as empresas de ônibus da cidade. Somente neste ano de 2024, os subsídios já atingiram o valor de R$ 5,6 bilhões até outubro, ultrapassando o total desembolsado no ano anterior. A expectativa é que o valor dos subsídios supere os R$ 6 bilhões até o final deste ano, tornando-se o maior da história da cidade pelo quarto ano consecutivo.

De acordo com a SPTrans, entre janeiro e outubro de 2024, o tesouro municipal já investiu R$ 5,640 bilhões no sistema de transporte público da capital, representando um aumento de 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A prefeitura informou que, desde o Plano Real, a tarifa de ônibus está congelada em R$ 4,40 há quatro anos, o maior período de congelamento. Além disso, destacou que os custos do sistema foram afetados pela pandemia de Covid-19, que reduziu a demanda e a arrecadação.