Rio Grande do Sul terá vento intenso e chuvas no próximos dias, alerta Inmet
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O estado do Rio Grande do Sul, que sofre com os efeitos das grandes chuvas dos últimos dias, se prepara para a chegada de uma nova frente fria. Segundo relatos dos meteorologistas, as chuvas, que devem começar já nesta quarta-feira (8), tenderão a se concentrar na metade sul do estado, que também registrará as menores temperaturas nos próximos dias.
Esse novo avanço da frente fria é resultado da formação de um ciclone extratropical próximo à costa da Argentina. De acordo com a Climatempo, esse sistema não passará pelo Rio Grande do Sul, mas influenciará a intensidade dos ventos na região Sul do país e favorecerá o retorno da chuva ao estado.
Até o momento, o estado já registra 95 mortes e mais de 130 desaparecidos devido às fortes chuvas. Além disso, mais de 207 mil pessoas estão desalojadas e estima-se que mais de 1,4 milhão de pessoas já tenham sido afetadas pelos impactos das chuvas.
Devido ao grande volume de chuvas previsto para os próximos dias, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas meteorológicos.
O primeiro alerta, classificado como "grande perigo", abrange o extremo sul do estado. Nessas áreas, as chuvas podem ultrapassar os 100 milímetros por dia, associadas a ventos superiores a 100 km/h e à queda de granizo.
Já o segundo alerta, considerado "perigo", abrange a parte central do Rio Grande do Sul. Nesses locais, as precipitações podem alcançar até 100 milímetros de chuva, combinadas com ventos intensos que variam entre 60 km/h e 100 km/h.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) também mantém alertas de risco hidrológicos, especialmente para a metade sul do estado. Segundo o órgão, as grandes quantidades de chuvas contribuem para a persistência das inundações e para a saturação do solo, aumentando os níveis das bacias na região.
Esse bloqueio atmosférico que está afetando o país, contribuindo para que as chuvas se concentrem no sul, ainda está previsto para durar pelo menos mais uma semana.
O sistema responsável pelo bloqueio atmosférico está causando um ar quente e seco nas áreas do Centro-Sul do país, dificultando a formação de nuvens nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além disso, ele impede que as frentes frias avancem para o interior do país.