Síria tem onda de massacres contra civis

ICARO Media Group TITAN






Os confrontos entre as forças de segurança sírias e grupos ligados ao regime de Bashar al Assad no noroeste da Síria, que se iniciaram no último dia 6, têm gerado denúncias de graves violações dos direitos humanos. De acordo com um porta-voz da Associação de Alauitas da Europa, a região tem sido alvo de uma verdadeira tragédia, com relatos de perseguição e violência contra a comunidade alauita, minoria à qual pertence o ex-ditador Assad.
Segundo informações obtidas diretamente de moradores locais, as forças governamentais têm invadido casas de famílias alauitas em cidades como Tartus e Latakia, causando uma verdadeira onda de terror e intimidação. A Associação de Alauitas da Europa denuncia que a situação se configura como uma limpeza étnica e um genocídio em curso, com um número de vítimas muito superior ao oficialmente divulgado.
A onda de violência já teria um saldo de 1.454 mortos, conforme relato da ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Dentre as vítimas, 973 eram membros da minoria alauíta, além de 481 soldados e combatentes pró-Assad. Um grupo de monitoramento independente sediado no Reino Unido, a Rede Síria para os Direitos Humanos (SNHR), disse que pelo menos 642 pessoas morreram na violência, incluindo dezenas de civis que foram mortos depois que as forças do governo cometeram "execuções generalizadas" de jovens e adultos. Os Estados Unidos e a Rússia pediram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a escalada da violência na região. O Comitê de Direitos Humanos da ONU e o Departamento de Estado Americano também cobraram ações imediatas por parte do governo sírio para impedir o massacre das minorias étnicas e religiosas.
O chefe do Comitê de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, classificou as mortes como "execuções sumárias com bases sectárias". O Departamento de Estado americano, por sua vez, condenou os atos dos "terroristas radicais islâmicos" que estão perpetrando os massacres na região. Diante das acusações de violações graves, o governo sírio se comprometeu a criar um comitê independente para investigar os confrontos e apresentar resultados em 30 dias.
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