Soldado do Exército é preso por liderar grupo de estupro virtual e violência no Telegram

ICARO Media Group TITAN






Um soldado identificado como Luis Alexandre de Oliveira Lessa, 20 anos, foi preso em Salvador acusado de liderar um grupo no Telegram que praticava estupro virtual e violência. Conhecido no ambiente virtual como "Hitler da Bahia", Lessa foi detido durante a operação Nix, que ocorreu em vários estados do Brasil. As investigações tiveram início em outubro de 2024, depois de uma denúncia anônima, e revelaram a presença de diversas vítimas do grupo "Panela Country".
Os "panelas" são pequenos grupos virtuais compostos por jovens e adolescentes, sendo a "Panela Country" fundada por dois menores de idade. O grupo chegou a ter mais de 600 membros e, segundo o Ministério Público de São Paulo, era liderado por Lessa, juntamente com outros membros menores de idade. A investigação apontou que o grupo praticava estupro virtual, automutilação, pedofilia e violência por diversão.
As ações do grupo eram extremas e cruéis, conforme descrito pela denúncia do MP-SP. Os membros utilizavam manipulação emocional e exploração sexual para atrair jovens, que eram coagidos a cumprir desafios para serem aceitos no grupo. As vítimas eram principalmente mulheres, mas também havia casos de ameaças e extorsões contra meninos. Relatos indicam que as vítimas eram forçadas a realizar atos degradantes e explícitos em transmissões ao vivo, sob ameaça de exposição de conteúdos íntimos.
Além dos crimes de pedofilia, cyberbullying, invasão de dispositivo, entre outros, Lessa foi apontado como líder de um ataque em massa contra uma jovem de 16 anos e sua família. O grupo, Tribunal Federal Country, expôs fotos íntimas da vítima e dados pessoais de seus familiares, resultando em ligações e mensagens perturbadoras para as vítimas. Essa conduta violenta e criminosa demonstra o perigo e a gravidade das ações praticadas pelo grupo liderado por Lessa.
A defesa de Lessa manifestou-se afirmando que o jovem está disposto a colaborar com as autoridades e confia no processo legal. Enquanto aguarda o julgamento, Lessa foi transferido para uma cadeia pública.


