Tarifas de transporte público em São Paulo têm aumento a partir desta segunda
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A tarifa do transporte ferroviário passará a ser de R$ 5,20, um aumento de R$ 0,20 em relação ao valor anterior. Já a tarifa de ônibus, que estava congelada desde 2020, será de R$ 5,00, subindo de R$ 4,40. O aumento foi justificado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos do governo estadual como necessário para garantir a manutenção e sustentabilidade do sistema de transporte público.
Segundo Manoel Marcos Botelho, secretário dos Transportes Metropolitanos, o reajuste foi calculado visando garantir a modicidade tarifária, levando em consideração a situação financeira das empresas de transporte. Ele ressaltou que a proposta de aumento de 4% ficou abaixo da inflação estimada para o ano de 2024, que é de 5,09%, e que isso resultará em uma redução dos aportes públicos do Governo do Estado de São Paulo às empresas públicas do setor.
A tarifa de ônibus na capital paulista não era reajustada desde janeiro de 2020, quando foi fixada em R$ 4,40 durante a gestão do ex-prefeito Bruno Covas. Durante esse período, a inflação acumulada foi de cerca de 32%, o que faria com que o valor da passagem de ônibus chegasse a pelo menos R$ 5,84, caso a recomposição da inflação fosse considerada. No entanto, a tarifa reajustada será de R$ 5, um valor abaixo da inflação.
Em uma reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) realizada em 26 de dezembro de 2024, a SPTrans apresentou o aumento para R$ 5. Inicialmente, cogitou-se um reajuste para R$ 5,20, que representaria um aumento de 18,2%. O prefeito Ricardo Nunes destacou que diversos fatores como preço do diesel, dissídio dos funcionários do transporte, estimativa de inflação e alta do dólar impactaram o valor da tarifa de transporte público.
Apesar do reajuste, o aumento das tarifas, em especial a de ônibus, gerou controvérsia política. Membros do PSOL, como a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, entraram com uma ação popular solicitando a suspensão do reajuste. Eles argumentaram que a reunião do CMTT onde o aumento foi decidido foi realizada de forma apressada, sem a devida convocação, o que teria impedido a participação popular efetiva no processo.