Traficante proíbe celebrações religiosas em igrejas católicas do Rio de Janeiro
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No último final de semana, as igrejas católicas de Brás de Pina e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foram proibidas de celebrarem missas, casamentos ou batizados pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Alvinho ou Peixão. Essa informação foi divulgada pela irmandade das paróquias católicas das duas regiões.
As paróquias afetadas são as de Santa Edwiges e Santa Cecília, em Brás de Pina, bem como Nossa Senhora da Conceição e Justino, em Parada de Lucas. De acordo com os católicos, motoqueiros armados com fuzis, supostamente seguindo ordens de Peixão, foram até as igrejas na última sexta-feira (5) e ordenaram que não fossem realizadas as celebrações religiosas.
Em decorrência dessa situação, as missas e eventos, incluindo festas juninas e homilias, foram canceladas no último final de semana. O comunicado do cancelamento foi divulgado nas redes sociais da Paróquia de Santa Edwiges, que também informou que a igreja está fechada no momento. Já a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e Justino, em Parada de Lucas, também utilizou suas redes sociais para informar a proibição das celebrações.
Segundo informações, o caso foi levado ao conhecimento do 16º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região, porém, até o momento, nenhuma medida prática foi tomada. A Polícia Civil divulgou que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está investigando o ocorrido.
Embora os avisos de cancelamento tenham sido divulgados, a Arquidiocese do Rio afirmou que as igrejas permanecem abertas. Até o momento, o g1 e a TV Globo procuraram a Polícia Militar, mas ainda não receberam retorno.
É importante ressaltar que Alvinho, atualmente conhecido como Peixão, é o líder do Complexo de Israel, um conjunto de favelas na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em 2016, ele expandiu seus territórios para a Cidade Alta e regiões adjacentes, como Parada de Lucas e Vigário Geral. Nessa época, ele deixou passar as Olimpíadas do Rio para evitar chamar a atenção da polícia. Essa não é a primeira vez que o traficante se envolve em questões de intolerância religiosa. Alvinho já foi investigado por ataques a terreiros de religiões de matriz africana, além de ser atuante em uma igreja evangélica no município de Duque de Caxias.
Agora, com a proibição imposta às igrejas católicas, a comunidade local se vê privada de exercer suas práticas religiosas. As autoridades competentes devem tomar as devidas medidas para garantir a segurança e liberdade religiosa dos habitantes dessas regiões do Rio de Janeiro.
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