Turismo no Rio Grande do Sul luta para se recuperar após enchentes
ICARO Media Group TITAN
Já se passaram seis meses desde que as enchentes devastaram o Rio Grande do Sul e a infraestrutura do estado já se recuperou quase que por completo. No entanto, o turismo em cidades como Gramado e Bento Gonçalves continua enfrentando dificuldades. Pequenos empresários locais, como restaurantes e vinícolas, estão lutando para sobreviver diante da queda significativa no número de turistas e no faturamento.
Em Bento Gonçalves, o restaurante Guri, conhecido por sua alta gastronomia, viu seu movimento despencar após as enchentes. Antes do desastre, o restaurante lotado atendia em média 400 clientes nos meses de baixa temporada e cerca de 700 nos meses de pico. No entanto, a situação mudou drasticamente, com uma queda de 70% a 75% no faturamento e apenas 60 pessoas sendo atendidas em média nos últimos meses.
A vinícola Cave Geisse, renomada internacionalmente, também sentiu os impactos negativos nas visitas de turistas. Com uma redução de mais de 90% no fluxo de clientes nos primeiros três meses após as enchentes, a empresa ainda enfrenta uma diminuição de cerca de 60% no movimento comparado ao período anterior. Apesar da melhora, impulsionada pelo turismo local aos finais de semana, a redução ainda é significativa durante a semana, quando turistas de outros estados costumavam visitar a região.
Pequenos produtores de vinho, cujos negócios dependem exclusivamente do turismo, enfrentam uma situação ainda mais delicada. Muitos dos produtores, que direcionavam suas vendas para visitantes que compravam nas próprias vinícolas, estão lutando para manter seus empreendimentos de pé. Alguns deles, como a vinícola Caza Onzi em Caxias do Sul, sofreram danos materiais significativos devido às enchentes, colocando em risco a continuidade de suas atividades.
Apesar da retomada gradual do turismo local, a recuperação completa do setor turístico no Rio Grande do Sul ainda é um desafio. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi reaberto há duas semanas mas ainda está com poucos voos e, consequentemente, as passagens estão caras. A esperança é que no ano que vem, com o aeroporto funcionando 100%, o fluxo de turistas de outros estados volte ao normal.
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