Viúva, irmã e cunhado de comerciante assassinado em Praia Grande premeditaram o crime, afirma MP-SP
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) concluiu que o trio envolvido no assassinato do comerciante Igor Peretto, em 31 de agosto, no apartamento da irmã em Praia Grande, premeditou o crime, com o intuito de obter "vantagem financeira". Além disso, a investigação revelou que a vítima era considerada um "empecilho no triângulo amoroso" formado por Rafaela Costa (viúva), Marcelly Peretto (irmã) e Mario Vitorino (cunhado da vítima).
De acordo com as informações, o trio planejou meticulosamente a ação criminosa. Mário teria desferido as facadas que resultaram na morte de Igor, com o incentivo e apoio moral de Marcelly e Rafaela. O órgão também destaca que as mulheres atraíram a vítima para o local do crime. O Ministério Público acusou os envolvidos de cometer homicídio qualificado, argumentando que o crime foi motivado por questões torpes, relacionadas aos vínculos amorosos e sexuais entre eles.
A denúncia aponta que as vantagens financeiras buscadas pelos denunciados estariam relacionadas à suposta liderança de Mario na loja de motos que possuía em sociedade com a vítima, bem como à herança que a viúva receberia. Marcelly, por sua vez, que mantinha relação com os dois outros acusados, também se beneficiaria financeiramente do crime. O MP-SP caracterizou a ação do trio como um "plano mortal".
Após o crime, as investigações apontaram para uma cena de violência dentro do apartamento, com o corpo da vítima encontrado caído em um quarto e sinais de sangue espalhados por vários cômodos. O laudo pericial revelou que Igor foi atingido por diversas facadas, sendo que a perícia identificou a faca utilizada como instrumento do crime. Além disso, há relatos de testemunhas que descrevem uma briga intensa no local, com gritos de socorro e sinais de luta corporal, reforçando a versão apresentada pelo Ministério Público.
As mulheres foram presas em 6 de setembro, enquanto Mário foi detido no dia 15, após ser encontrado na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha (SP). O trio, inicialmente preso temporariamente, teve a prisão prorrogada em outubro, quando a defesa de Rafaela solicitou habeas corpus, negado pelo STJ. Posteriormente, a Justiça de Praia Grande (SP) converteu as prisões temporárias em preventivas após a denúncia do MP-SP.