Filha trans de Elon Musk anuncia que deixará os EUA após vitória de Donald Trump
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Nova York, 7 nov (EFE).- Vivian Jenna Wilson, a filha transexual do magnata e empresário Elon Musk, que há dois anos rompeu relações com o pai e mudou o sobrenome, anunciou que pretende se exilar dos Estados Unidos após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais da última terça-feira.
Wilson escreveu em sua conta no Threads (a rede social criada pela Meta para competir com o X de Musk): “Há muito tempo que penso nisso, mas ontem se confirmou. Já não vejo meu futuro nos Estados Unidos”.
Wilson, de 20 anos, argumentou que Trump poderia ser passageiro porque só poderá ficar no comando da Casa Branca por mais quatro anos, mas “as pessoas que votaram conscientemente nele não vão desaparecer repentinamente”.
A filha de Musk mudou seu nome (Xavier Musk) para Vivian Jenna Wilson em 2022 e declarou na época: “Não desejo mais ser parente de meu pai biológico de nenhuma forma ou maneira”.
Segundo informou então a emissora “CNN”, a jovem pediu que seu nome fosse Vivian Jenna Wilson, assumindo assim o sobrenome de Justine Wilson, ex-companheira de Musk e mãe de cinco de seus sete filhos.
Elon Musk tornou-se um defensor ferrenho do trumpismo nos últimos anos, ao ponto de estar entre seus conselheiros mais ouvidos, e o ex-presidente Trump chegou até mesmo a sugerir que lhe poderia atribuir alguma responsabilidade no seu futuro gabinete à frente de alguma agência de eficiência governamental.
O tratamento da transexualidade foi um dos temas preferidos da direita trumpista na última campanha, no âmbito da “guerra cultural” que afirmam travar contra a ideologia ‘woke’ (progressista), e foi muito frequente em seus comícios, que denunciaram supostos “abusos” a que esta questão social tem levado, como pronomes neutros, banheiros unissex ou atletas transexuais ganhando facilmente competições femininas. EFE
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