6 descobertas que só foram possíveis graças às viagens espaciais
Mega Curioso
As viagens espaciais foram fundamentais para a evolução humana. A partir delas, foi possível realizar descobertas importantes, que aumentaram nossa compreensão sobre a vida e o mundo. E não é só isso.
Essas viagens permitiram que muitos avanços científicos fossem feitos, produtos fossem criados e adaptados ao nosso cotidiano. Em suma, devemos muito à corrida espacial. Trouxemos uma lista com 6 descobertas que só foram possíveis graças à exploração do espaço pelo ser humano.
1. Buracos de minhoca
(Fonte: Space)
Nome curioso, o termo "buracos de minhoca" foi criado pelo físico John Archibald Wheeler, em 1957. Contudo, a base que permitiu considerar a existência de uma conexão entre dois pontos do espaço é fruto da teoria geral da relatividade, publicada por Albert Einstein em 1915.
Segundo a teoria geral da relatividade, os buracos de minhoca seriam regiões curvas do espaço-tempo, responsáveis por conectar pontos distantes como um túnel. Na prática, comprovar a existência deles e sua capacidade de serem atravessados seria a realização dos sonhos criados pela ficção científica a respeito da viagem no tempo.
2. Martemotos
(Fonte: New Scientist)
O nome parece de aparelho de celular, mas martemotos são tremores sísmicos que acontecem em Marte. Conseguir detectá-los permitiu que os cientistas compreendessem melhor o planeta vermelho.
Os martemotos deram melhor entendimento sobre o grande núcleo de metal líquido do planeta, a espessura de sua crosta e a natureza de seu manto. Até hoje, a sonda InSight já detectou mais de 700 tremores, a maior parte moderados.
3. Mineração de asteróides
(Fonte: Financial Times)
Desde a década de 1980 o homem planejava uma viagem com o objetivo de minerar asteroides, de modo a coletar amostras para compreender melhor sua composição química, além de ampliar os conhecimentos sobre como a vida e os planetas se formam.
Acontece que, até pouco tempo, a humanidade não havia feito nenhuma missão minimamente parecida com isso, especialmente pelo alto custo. Tudo mudou com a sonda OSIRIS-REx, lançada em 2016, que foi coletar amostras da superfície do asteroide Bennu. Essa missão permitiu confirmar e refutar algumas descobertas científicas. Os materiais coletados devem chegar no próximo ano à Terra.
4. Teorema da área de Hawking
(Fonte: jmexclusives/Pixabay)
Levou 50 anos, mas a proposição feita por Stephen Hawking em 1971, que afirmava que a área do horizonte de eventos de um buraco negro, a fronteira da qual nada consegue escapar dessa região do espaço-tempo, nunca poderia diminuir.
Ainda que comprovada matematicamente, só em 2021 foi confirmada a partir da observação do fenômeno. Foi a primeira vez que uma onda gravitacional foi detectada e comprovou, com 95% de confiabilidade, que a área final realmente não diminuiu.
5. Explosão de elétrons
(Fonte: NASA/JPL)
Há mais de 40 anos no espaço, a sonda espacial Voyager 1 detectou a primeira explosão de elétrons de raios cósmicos acelerados por ondas de choque originadas de grandes erupções no Sol. Essas explosões de elétrons detectadas são partículas aceleradas ao longo das linhas do campo magnético no meio interestelar.
A descoberta pode ajudar os pesquisadores a entender melhor a dinâmica das ondas de choque e da radiação cósmica proveniente de estrelas variáveis e de estrelas que explodiram.
6. Poeira cósmica
(Fonte: Galeria do Meteorito)
A poeira cósmica, ou poeira espacial, pode existir tanto no espaço sideral como na Terra. Às vezes consideradas um aborrecimento para astrônomos, já que escurecem objetos que desejam observar, as partículas de poeira são consideradas componentes importantes e vitais para revelar informações sobre os fenômenos de formação do Sistema Solar.
Cinco mil toneladas caem na Terra anualmente, como demonstrou uma pesquisa que levou duas décadas para ser concluída. Esse pó é composto por partículas minúsculas, oriundas principalmente de cometas e asteroides que passam próximo ao nosso planeta ou que esfarelam ao entrar na atmosfera. Mas fique tranquilo, segundo os autores do estudo, nem toda a poeira que entra na atmosfera chega ao chão. Ou seja, pode varrer sua sala que, provavelmente, é só poeira terrestre mesmo.