6 fatos para entender a Peste Bubônica
Mega Curioso
Durante a Idade Média, cerca de um terço da população europeia foi devastada por uma epidemia global de peste bubônica, registrando uma queda de 80 milhões de habitantes para cerca de 30 milhões. O surto, que passou a ser conhecido posteriormente como “Morte Negra”, foi responsável por moldar o tecido social e os princípios civilizatórios da época, quando movimentou os princípios ideológicos e religiosos através de um evento que arrancou a segurança de todos no continente.
Confira abaixo alguns fatos importantes para você entender a praga bubônica e descobrir as reais proporções dessa tragédia.
O que é a Peste Bubônica?
(Fonte: History/Reprodução)
Chamada de magna mortalitas (“grande mortalidade”) por alguns, a pandemia de peste bubônica é conhecida como uma das maiores catástrofes da história humana. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, micro-organismo normalmente transmitido por pulgas, e atinge humanos após exposição a animais infectados.
Peste Bubônica: sintomas
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Apesar de ter iniciado o surto em 1347, quando doze navios do Mar Negro atracaram no porto siciliano de Messina, a peste bubônica ganhou o apelido de “Morte Negra” apenas em 1823, após estudos revelarem que as vítimas desenvolviam manchas escuras causadas por hemorragias subcutâneas em suas peles, além de inchaços na virilha, axilas e pescoço, e tosse de sangue .
Qual é o número de mortos pela Peste Bubônica?
(Fonte: Oronoz/Reprodução)
Em pouco mais de dez anos, o surto atingiu praticamente todo o continente europeu e países asiáticos como China, Índia, Pérsia, Síria e Egito. Apenas na Europa, é possível que a peste tenha matado mais de 50 milhões de pessoas, resultando na dizimação de 60% da população do continente. Segundo relatos, entre 1347 e 1352, “os vivos eram pouco suficientes para enterrar os mortos”, e a peste não escolheu entre ricos ou pobres, pois atingiu a todas as classes sociais e povos do campo ou cidade.
Como é feito o diagnóstico?
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Sem cura e sem remédio conhecido, a Peste era tratada como um sinal divino, e muitas pessoas apenas rezavam ou fugiam para combater uma possível infecção. Atualmente, para realizar o tratamento, médicos procuram sinais de bubões (tumor inflamatório) ou picadas de pulgas, e solicitam exames de sangue para auxiliar no diagnóstico. Os cuidados também contam com o apoio de antibióticos, porém muitos deles estão relacionados ao surgimento de novas complicações, como doenças mutantes e má resposta do sistema autoimune.
Peste Bubônica: transmissão
(Fonte: Britannica/Reprodução)
Giovanni Boccaccio, poeta italiano autor do Decamerão, relatou que a doença era altamente contagiosa, em uma série de histórias contadas sobre um grupo de jovens que se refugiam da Peste nos arredores de Florença. Nos seus textos, o escritor comenta que “o mero toque das roupas” já dava início a um surto comunitário e que não importava o estado de saúde do contaminado; qualquer um poderia estar morto em poucas horas.
E a Peste hoje? Ainda existe?
(Fonte: First Post/Reprodução)
A doença nunca desapareceu, mas passou a agir de maneira discreta com o passar dos séculos. No início da década de 1990, Surat, na Índia, assustou o mundo ao relatar casos da praga, enquanto em 2013 a morte de um rebanho no Quirguistão alcançou todos os noticiários em proporções colossais. Entre 2019 e 2020, a Mongólia também registrou casos de infectados, supostamente causados pelo consumo de carne de marmota e coelho, mas as condições foram controladas e hoje é considerada bem menos fatal.