6 práticas médicas da Idade Média e suas eficácias (ou não)
Mega Curioso
A história da Idade Média e da medicina se cruzam. Esse período é repleto de causos que parece que só poderiam existir em um roteiro de cinema, no argumento de um livro de ficção ou na mente de pessoas um tanto perturbadas. Um bom exemplo disso são as práticas médicas que trazemos neste texto.
Em um período que o tratamento da saúde era algo bem menos acessível do que hoje, muitas ideias esdrúxulas foram postas em prática. Entretanto, você notará que nem tudo é tão absurdo que não pudesse funcionar. Conheça 6 destes tratamentos "alternativos".
1. Sangria
(Fonte: Wikimedia Commons)
Não, a bebida típica da Espanha não era uma prática médica medieval. A sangria que estamos falando era uma forma de tratamento médico em que se retirava sangue do paciente visando a cura para determinadas doenças. A flebotomia, o corte de veias, foi o método mais empregado durante a Idade Média.
Seu objetivo era a busca por um equilíbrio humoral - teoria criada por Hipócrates que defendia que o corpo humano era composto de quatro substâncias, chamadas humores. A doença seria o desequilíbrio entre essas substâncias, que retomaria a partir da sangria. É/foi eficaz? Não.
2. Farmácia
(Fonte: Wikimedia Commons)
A história da farmácia é complexa e longa, mas uma parte fundamental de seu desenvolvimento ocorreu na Idade Média. Botica eram os medicamentos prescritos pelo boticário, uma profissão que unia medicina e farmácia. Foi Frederico II, imperador da Prússia, quem oficialmente separou as duas áreas, criando até mesmo o primeiro código de ética.
Ainda que muitos dos referidos medicamentos fossem ineficazes ou perigosos, muitas propriedades medicinais de objetos foram descobertos nesta época e são utilizados até os dias de hoje. É/foi eficaz? Sim.
3. Astrologia
(Fonte: Wikimedia Commons)
Não é meme do Twitter: durante a Idade Média, alguns médicos usavam os signos do zodíaco para darem um diagnóstico de seus pacientes e, desta forma, tratarem algumas doenças.
Imaginava-se que os corpos celestes podiam influenciar o desenvolvimento de problemas em alguns órgãos do corpo, ideia que já foi refutada pela sociedade científica, mas que ainda encontra eco nos dias atuais. É/foi eficaz? Não.
4. Uroscopia
(Fonte: Wikimedia Commons)
A Idade Média pode ter tido alguns comportamentos estranhos, mas o ato de examinar a urina dos pacientes foi uma prática que permaneceu até os dias de hoje. Àquela época, fazia-se isso para que o médico detectasse se havia algo de errado com o corpo examinado.
Os médicos ficavam atentos à cor, cheiro e consistência da urina, prescrevendo medicamentos de acordo com o que fosse interpretado ali. Pois podemos afirmar que isso foi o precursor dos modernos exames de urina feitos até hoje pela medicina. É/foi eficaz? Sim.
5. Feitiços
(Fonte: Wikimedia Commons)
Existiam bruxos e feiticeiros que eram muito próximos das cortes e da aristocracia da Idade Média. Eram responsáveis por criar feitiços, produtos e substâncias, misturando elementos que até possuíam efeitos medicinais com outras pouco ou nada saudável.
Em alguns casos, esses "medicamentos" até obtinham efeitos positivos sobre os pacientes. Os doentes tinham sintomas "acalmados", mas na maior parte do tempo era um gigantesco placebo. É/foi eficaz? Não.
6. Theriaque
(Fonte: Wikimedia Commons)
O theriaque nem encontra tradução em português. Foi uma prática criada na Grécia Antiga e perpetuada durante toda a Idade Média. Era uma espécie de remédio em que se misturavam extratos de diferentes plantas moídos com carne de víboras e outras substâncias.
Por mais absurdo que possa parecer, o theriaque era conhecido como um poderoso antídoto para venenos, o que fez com que se acreditasse ser viável na cura de outros problemas de saúde. Era o tipo de produto que só caía nas mãos de quem tinha muito dinheiro, já que se tratava de algo caríssimo. É/foi eficaz? Não.