7 animais que sobrevivem em temperaturas abaixo de zero
Mega Curioso
A vida no planeta é formada para resistir aos mais diversos tipos de condições, seja através de mecanismos e ferramentas facilitadoras, como ocorre entre os seres humanos, ou por meio de adaptações corporais incríveis, como é possível observar na natureza selvagem. E uma das características mais importantes de algumas espécies animais é a capacidade de suportar longos períodos de frio, desafiando a morte e alterando propriedades do próprio organismo.
Confira abaixo alguns animais que conseguem aguentar temperaturas muito abaixo de 0?°C e descubra como eles conseguem sobreviver e desenvolver seus respectivos nichos ecológicos nas regiões inóspitas.
1. Rã-da-floresta
(Fonte: Eden Channel / Reprodução)
Devido ao seu habitat aquático e pele delicada e porosa, os anfíbios são bastante sensíveis ao frio, mas a rã-da-floresta suporta ondas de gelo graças ao acúmulo de ureia em seus tecidos e à conversão de glicogênio em glicose pelo fígado. Esses animais sobrevivem por até duas semanas com 60% da pele inteiramente congelada, mantendo uma região desidratada para preservar os órgãos internos.
2. Besouro-de-casca-lisa-vermelho
(Fonte: MO Bugs / Reprodução)
O besouro-de-casca-lisa-vermelho se esconde em choupos de bálsamo do Alasca para suportar o frio, mantendo-se na área úmida sob a casca das árvores e criando proteínas anticongelantes para evitar cristais de gelo em suas células. Segundo estudos da University of Alaska Fairbanks, eles conseguem aguentar temperaturas de até -150 °C com esse mecanismo de defesa.
3. Besouro-Upis
(Fonte: Flickr / Reprodução)
O besouro-Upis opta por se esconder em fendas de árvores secas e evita a umidade por meio da expulsão da água de suas células, evitando a ruptura celular mortal causada pela expansão dos cristais de gelo. Isso faz com que eles resistam até a -76 °C em condições extremas enquanto mantêm o calor corporal em -7,5?°C.
4. Esquilo-terrestre-do-Ártico
(Fonte: BBC - YouTube / Reprodução)
Ao ficar cerca de oito meses sem se alimentar, o esquilo-terrestre-do-Ártico sobrevive a invernos rigorosos hibernando em um estado semelhante à animação suspensa — ele respira apenas uma vez por minuto e seu coração bate cinco vezes por minuto. Essa adaptação cerebral ocorre porque o esquilo consegue cortar conexões neurais — sinapses — durante a hibernação, desligando o corpo e acordando aproximadamente uma vez a cada três semanas.
5. Mariposa-urso-lanoso-do-Ártico
(Fonte: Earth Archives / Reprodução)
A mariposa-urso-lanoso-do-Ártico prepara-se para longos períodos de inverno se alimentando o máximo possível. Em seguida, assim que entra em hibernação, ela desliga totalmente o corpo — interrompe o coração e deixa de respirar — e sintetiza um anticongelante natural para proteger suas células dos cristais de gelo, ao mesmo tempo que degrada as mitocôndrias celulares. Essas lagartas passam quase 90% de suas vidas em estado congelado.
6. Boi-almiscarado
(Fonte: Discovery Brasil / Reprodução)
Graças a sua pelagem felpuda, o boi-almiscarado consegue suportar temperaturas de até -40?°C. Enquanto isso, eles mantêm sua rotina normal de alimentação, comendo raízes e musgos da tundra e cavando na neve e no gelo em busca de comida. Tradicionalmente, a espécie vive em grupos e se aconchega durante estações mais rigorosas, concentrando o calor corporal e protegendo o rebanho contra predadores em potencial.
7. Leopardo-das-neves
(Fonte: Green Savers / Reprodução)
Conhecido pela pelagem característica e espessa, o leopardo-das-neves mantém marcas no corpo para camuflagem e proteção contra inimigos. Graças às caudas e patas peludas, o mamífero do Ártico consegue se adaptar facilmente a terrenos congelados, vivendo em altitudes de entre 2,9 mil a 5 mil metros e sendo um dos animais mais resistentes a adversidades de extremos climáticos na Ásia Central.