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Angela Maxwell: a mulher que deu a volta ao mundo a pé e sozinha
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Angela Maxwell: a mulher que deu a volta ao mundo a pé e sozinha

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Mega Curioso
08/11/2021 20h00
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Em maio de 2014, a norte-americana Angela Marie Maxwell decidiu dar os primeiros passos para uma mudança radical de vida, sacrificando um negócio de sucesso e seu relacionamento para embarcar em uma jornada pelo mundo. Com 33 anos de idade e muita disposição, a aventureira optou por caminhar a pé e sozinha em busca de um grande sonho: inspirar pessoas a experimentar o mundo e a aprender mais sobre si à medida que conhecem o próximo.

A aventura de Maxwell começou 9 meses após escutar uma história sobre um homem que decidiu dar a volta ao mundo a pé, sendo a principal motivação para que a coach de crescimento pessoal planejasse se conectar com o mundo ao seu redor. Por semanas, ela investiu seu tempo em livros e histórias sobre mulheres que realizaram feitos marcantes no universo da exploração e, então, apaixonou-se pela trajetória de Robyn Davidson, Ffyona Campbell e Rosie Swale-Pope.

Ao encontrar incentivo suficiente e aprender tanto os desafios quanto os triunfos de cada uma delas, Maxwell vendeu todos os seus pertences e adquiriu os equipamentos necessários para a sobrevivência, enchendo um carrinho com quase 50 quilos de itens, como pares de sapato, comida desidratada, macarrão instantâneo, filtro de água e roupas para as 4 estações do ano. 

Decidida a não desistir da corajosa empreitada, ela enfrentou: as remotas condições desérticas do interior da Austrália Ocidental; dengue no Vietnã; um ataque físico na Mongólia, quando foi estuprada por um nômade em sua tenda; um tiroteio na Turquia;e os desafios absolutos de ser uma mulher sozinha que dormia em uma tenda armada em qualquer lugar que pudesse passar a noite com um mínimo de segurança.

"Mesmo assim", diz a aventureira, "não comecei a andar porque era destemida, mas sim porque estava apavorada. Tinha mais medo de não seguir meu coração do que de perder tudo o que possuía e amava. Estava decidida a não deixar que aquilo me obrigasse a desistir do meu sonho e a voltar para casa. Tinha deixado todo o meu mundo para trás, não tinha nada para voltar e eu compreendia os riscos inerentes à minha jornada".

A aproximação com outras culturas

Durante suas caminhadas, Maxwell conversou e tomou vinho com moradores ao longo do Mar Tirreno, na Itália , descansou na pousada de uma senhora no topo da montanha Hai Van Pass, no Vietnã, fez amizades na fronteira entre a Mongólia e a Rússia, desenvolveu habilidades de apicultura na Geórgia, cortou lenha na Nova Zelândia e ajudou um fazendeiro italiano a reformar sua casa, chegando até mesmo a ser convidada para ser madrinha de casamento de uma conhecida.

Tudo isso foi possível graças a um profundo espírito altruísta que a acompanhou por todos os locais que visitou. Segundo a exploradora, ela vivia com menos de US$ 5 por dia e parte do que lhe era oferecido como doações ela direcionava para outros necessitados. Como resultado, a viajante arrecadou mais de US$ 30 mil para organizações não governamentais (ONGs), como World Pulse e Her Future Coalition, que se dedicam a educar, abrigar e nutrir meninas em risco.

Seis anos e meio depois de ter partido e retornando com aprendizados sobre os 4 continentes, 14 países e mais de 32 mil quilômetros percorridos, Maxwell encerrou sua peregrinação em Bend, Oregon. Hoje, ela vive para contar suas histórias e incentivar mulheres a correr atrás de seus objetivos, criando maneiras que possam colaborar para o empoderamento feminino e a autodescoberta independentemente das condições em que as pessoas vivem.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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