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As atrocidades cometidas por Josef Stalin
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As atrocidades cometidas por Josef Stalin

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Mega Curioso
07/11/2021 16h00
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Mao Zedong (1893-1976), Benito Mussolini (1883-1945), Augusto Pinochet (1915-2006), Adolf Hitler (1889-1945) e Josef Stalin (1878-1953) são apenas alguns dos nomes de ditadores políticos que tentaram reescrever a História para benefício próprio por questões e interesses políticos.

O ser humano sempre teve uma inclinação para isso. Leopold von Ranke (1795-1886), um dos pioneiros da pesquisa histórica moderna, disse que a história não se trata apenas de descobrir como isso realmente aconteceu, mas também de como pensamos sobre o passado e nossa relação com ele. O passado, afinal de contas, pode estar morto, mas a história está viva, e é construída no presente.

O extremismo político e o negacionismo histórico distorcem os valores sobre o passado para disputas, ambos imaginando que estão, finalmente, apresentando a suposta "verdade" que os livros históricos e a mídia tendenciosa têm ocultado da sociedade. Mas qual seria ela? Quem determina o conceito de verdade?

No final das contas, os defensores de ambos os vieses ideológicos, de esquerda e direita, jogam tanto a culpa de seu próprio passado um para o outro, como a "Bruxa de Stephen Sondheim", que não percebem que todos fazem parte da mesma obscuridade histórica e política que norteia o passado.

Em Direita e Esquerda: Razões e Significados de uma Distinção Política, o filósofo, político e historiador italiano Norberto Bobbio (1909-2004) afirma que as ideologias opostas encontram pontos de convergência em suas alas radicais, já que ambos os movimentos têm muito em comum.

Criando monstros

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Em uma coluna do The Washington Post de 1947, o escritor Leonard Lyons (1906-1976) publicou a fala do líder comunista Stalin : “Se apenas um homem morre de fome, isso é uma tragédia. Se milhões morrem, é apenas uma estatística”.

Apesar de o ditador não ter sido uma pessoa que olhava com algum tipo de afeto para a humanidade, contudo, ele estava disposto a ir mais longe para examinar o futuro dela. Conforme indica um estudo científico publicado pela Universidade de Cambridge, Stalin aprovou o programa do biólogo Ilya Ivanov (1870-1932) que visava cruzar humanos com macacos.

A especialista chegou a viajar até a Guiné para coletar amostras para realizar seu bizarro experimento. Ele conseguiu inseminar três chimpanzés com esperma humano, mas ficou desapontado que nenhum deles foi capaz de conceber uma criança.

(Fonte: Anomalien/Reprodução)(Fonte: Anomalien/Reprodução)

Ainda que não haja respostas para o motivo do projeto, especula-se que Stalin visava criar uma espécie de superguerreiro mutante que pudesse liderar um exército invencível. “Quero um novo ser humano invencível, insensível à dor, resistente e indiferente à qualidade dos alimentos que come”, disse Stalin a Inanov, segundo o The Scotsman.

O ímpeto teria sido motivado pelas baixas desenfreadas que seu Exército Vermelho vinha sofrendo na Segunda Guerra Mundial . Por outro lado, uma segunda hipótese sugere que Stalin esperava criar uma classe trabalhadora forte e dócil, que seria mais facilmente manipulável.

Contudo, a ambição dele e do biólogo não parou por aí. Quando os experimentos falharam, o homem teve a ideia de fazer o contrário: inseminar mulheres com esperma de chimpanzés. Sabendo que não haveria nenhuma voluntária para um teste tão doentio como aquele, ele recrutou mulheres africanas sob o pretexto de que receberiam tratamentos médicos íntimos.

Ivanov foi impedido de realizar o experimento por Paul Poiret, o então governador-geral da Guiné Francesa, que também divulgou ao mundo o que o biólogo e Stalin tramavam, causando uma avalanche de protestos internacionais.

Genocida e pedófilo

(Fonte: eBiografia/Reprodução)(Fonte: eBiografia/Reprodução)

Aparentemente, o sangue de cerca de 20 milhões de pessoas em suas mãos não foi o suficiente para Stalin, ele teve que levar sua notória "mulherenguice" para outro nível: a predação sexual.

Aos 35 anos, o ditador soviético teve um caso com Lidia Pereprygina, uma garota órfã de apenas 13 anos que vivia com os irmãos em um vilarejo isolado, perto do Círculo Polar Ártico. Stalin a conheceu quando estava exilado de sua casa na Geórgia por suas atividades revolucionárias.

(Fonte: The Siberian Times/Reprodução)(Fonte: The Siberian Times/Reprodução)

A jovem terminou se vendo forçada a cozinhar para ela e Stalin, como se fosse sua esposa, durante todo o tempo em que tiveram relações. Conforme uma matéria do London Evening Standard, tudo piorou quando Lidia engravidou do ditador, e um policial local ameaçou Stalin de iniciar um processo criminal por ele morar com uma garota menor de idade.

Lidia acabou tendo um aborto durante a gravidez, só para que Stalin a engravidasse novamente. Contudo, ele não esperou pelo nascimento da criança, desaparecendo no meio da noite e deixando a jovem adolescente à própria sorte com o fruto de uma violência sexual em seu ventre.

A crueldade sem limites

(Fonte: Gazeta do Povo/Reprodução)(Fonte: Gazeta do Povo/Reprodução)

Entre 1932 e 1933, o Holodomor , uma fome que devastou a Ucrânia Soviética causada pela combinação de uma seca severa, implementação caótica de coletivização forçada de fazendas, e o programa de requisição de alimentos executado pelas autoridades soviéticas — cerca de 3 milhões de pessoas morreram por culpa de Stalin.

Até hoje a Federação Russa alega que tudo foi apenas um "desastre natural", enquanto fica claro que Stalin armou uma tragédia para punir o povo por protestar contra a agricultura coletiva.

Entre 1936 e 1938, o ditador implementou o Grande Expurgo, que assassinou em segredo 750 mil pessoas, e enviou milhares para gulags. A princípio, as vítimas foram rivais políticos, mas depois camponeses, minorias, artistas, cientistas, intelectuais e escritores entraram para as estatísticas.

(Fonte: Gazeta do Povo/Reprodução)(Fonte: Gazeta do Povo/Reprodução)

Como se tudo isso não fosse o suficiente, Stalin atribuiu aos filhos de suas vítimas novos nomes, privando as pessoas de rastrearem ou honrarem seus pais quando cresceram. Aquele "povo desonroso" que, para o homem, morreu por justa causa, foi esquecido para sempre.

Apesar desses e tantos outros horrores, uma pesquisa feita pelo Levada Center em 2019 indicou que 51% dos russos disseram que gostam, admiram ou respeitam Josef Stalin. Afinal de contas, ele também ajudou a derrotar a Alemanha nazista, esteve do lado vencedor da Segunda Guerra Mundial e empurrou a então União Soviética para a posição de superpotência.

Para Matthew Payne, professor especializado em ensino de história moderna russa e soviética na Emory University, em Atlanta, os piores estudantes históricos da humanidade são aquelas pessoas que sentem que estão do lado de um anjo. E os comunistas que apoiaram Stalin pensavam que estavam do lado de um.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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