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As Meninas: 5 mistérios do quadro mais curioso de Silva y Velázquez
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As Meninas: 5 mistérios do quadro mais curioso de Silva y Velázquez

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Mega Curioso
24/10/2021 18h00
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Pintada originalmente em 1656 pelo artista espanhol Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (1599-1660), o quadro As Meninas, item integrante do acervo permanente do Museu do Prado, em Madrid, é uma das peças modernas mais curiosas do ramo, e especialistas de todo o mundo ainda estudam seus detalhes para entender o significado por trás das imagens desenhadas.

Conheça abaixo alguns mistérios presentes na obra de arte que a colocam um patamar acima no índice de curiosidade, tendo em vista a presença de um sentido de realidade característico do barroco onde personagens e efeitos de luz/sombra dão a impressão de quadros dentro de quadros.

1. A quebra da quarta parede

(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)

As Meninas apresenta um jogo de ilusão distinto onde todos os personagens parecem estar encarando o espectador. Porém, o maior detalhe fica por conta da curiosa presença em autorretrato de Velázquez, que surge com sua aquarela em mãos enquanto olha para o observador e ostenta o símbolo da Ordem de Santiago. Dessa forma, a perspectiva é invertida e em vez de vermos o retrato pelos olhos do artista, somos uma espécie de ser onipresente capaz de ver o momento de execução da arte em plano cheio.

2. A relação entre os personagens

(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)

Além do próprio artista, o elenco de As Meninas inclui as damas de companhia, o guarda, os acompanhantes, a princesa Margarita Teresa, os reis Felipe IV e Mariana de Áustria, dois anões e um cão de raça, que se reúnem em uma espécie de take fotográfico com ares de registro histórico e pessoal. Ao fundo, um quadro — ou seria um espelho? — contrastam em perspectiva, e especialistas sugerem que os reis são o principal foco visual da obra, sendo colocados no lugar do espectador como reais observadores.

3. A perspectiva dos reis

(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)

Devido ao jogo de imagens de Velázquez, as figuras de Felipe IV e Mariana de Áustria seguem com sua existência no plano presencial em mistério, já que é praticamente impossível afirmar se estão pintados em um quadro dentro do quadro ou se é um reflexo de algo que apenas o artista é capaz de ver na íntegra. Uma das sugestões mais válidas é de que as figuras reais estariam ao lado do espectador como observadores, levando o público a "passar" um dia no cotidiano de personagens que existiram em contextos verificáveis.

4. A cruz vermelha de Santiago

(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)

Outra teoria interessante existente sobre o quadro é que ele foi editado algum tempo após ser finalizado por Velázquez. Isso porque a cruz vermelha de Santiago no peito de seu autorretrato foi concedida apenas em 1659, quase quatro anos depois da obra ter sido entregue em sua versão definitiva. Apesar disso, avaliações recentes indicaram que não há duas camadas de tinta ou sobreposição de materiais existentes em As Meninas, indicando a possibilidade de um desejo pessoal do artista que foi fundado durante a pintura, digamos assim, e oficializado pela realeza anos depois.

5. O protagonismo do artista

(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)(Fonte: Museu Nacional Del Prado / Reprodução)

No quadro, é possível observar que os reis aparecem em um plano secundário em relação ao artista, e isso sugere que a proposta de Velásquez não era enaltecer um dia comum da família real no palácio, mas sim reforçar seu ofício e atuar com um papel de protagonista. Supostamente, a ideia era transformar uma pintura com traços realistas em uma obra de arte que operasse como símbolo para a profissão, enaltecendo o pintor como criador de realidades e como uma figura tão importante quanto músicos e escritores.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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