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Como o cérebro humano identifica uma voz em meio a multidões?
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Como o cérebro humano identifica uma voz em meio a multidões?

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Mega Curioso
06/01/2022 21h00
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Pesquisadores de diversas universidades ao redor do planeta, por meio de um trabalho colaborativo publicado no Journal of Neuroscience, revelaram como o cérebro humano é capaz de ativar um mecanismo de identificação vocal, mesmo quando as pessoas estão em meio a multidões. Segundo o estudo, o órgão consegue concentrar sua atenção em um único falante permitindo que a voz e a fala possam ser perfeitamente compreendida e recortadas das outras no ambiente.

Para entender de que forma ocorre a aplicação focal do cérebro humano em um único interlocutor, os neurocientistas contaram com o suporte do exame de eletroencefalografia (EEG), método de monitoramento não invasivo utilizado para registrar a atividade elétrica do cérebro. A técnica foi aplicada em voluntários durante a reprodução de histórias simultâneas e analisou o comportamento das ondas cerebrais caso o participante fosse recomendado a focar sua atenção em apenas um único relato.

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

“Nossas descobertas sugerem que a acústica, tanto da história assistida quanto da história não assistida ou ignorada, são processadas de forma semelhante”, diz Edmund Lalor, professor associado de neurociência da University of Rochester Medical Center e coautor do projeto. “Mas descobrimos que havia uma distinção clara entre o que aconteceu a seguir no cérebro."

Processamento familiar da língua

A descoberta logo revelou que o processo de identificação linguística ocorre devido à conversão da fala em fonemas — as menores unidades sonoras que formam as palavras de uma língua e são representadas graficamente por letras —, articulando-se por meio da conversação. Curiosamente, apenas uma das histórias chama a atenção do cérebro e se transforma em algo compreensível, enquanto os sons simultâneos emitidos por outras pessoas são ignorados pela atividade neural.

(Fonte: StockSnap/Reprodução)(Fonte: StockSnap/Reprodução)

Isso explicaria evidências claras de processamento de traços fonéticos categóricos para fala assistida, esclarecendo como o cérebro humano resolve o problema de festas, reuniões e eventos com muitas pessoas, com o suporte da otimização da atenção. Essa priorização do fonema em detrimento da acústica apoiariam a noção existencial de uma hierarquia de codificação em que a detecção aconteceria de forma separada, com a unidade da linguagem operada como um estágio distinto.

"Essa conversão é o primeiro passo para entender a história assistida." conclui Lalor. “Os sons precisam ser reconhecidos como correspondendo a categorias linguísticas específicas, como fonemas e sílabas, para que possamos determinar quais palavras estão sendo faladas, mesmo se soarem diferentes. Por exemplo, quando faladas por pessoas com sotaques diferentes ou tons de voz diferentes.”

Leia a matéria original aqui.

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